Volto, de novo sem nenhuma desculpa.
Tem tanta coisa durante o dia, palavras, pessoas, sorrisos e lágrimas que são ótimas coisas ao final para: escrever. O corre-corre deste mundo mutcho louco acaba nos deixando um pouco a mercê de nós mesmos, sem aquele tempinho pra curtir toda a literatura que existe em nós. A gente sai de cena com as roupas rasgadas, bolsos vazios e a mente confusa, sem saber como fomos parar ali exatamente. Tenho escrito menos. A literatura de meus dias perdeu o caráter de microconto, por isso não mais os tantos posts. Virou romance não se capitula em poucos parágrafos, e muitas vezes abandonei em branco o texto, pois olhava, míope, para dentro de mim e nada via senão o imenso acumulado de opiniões, contradições e sentimentos que é pra ser qualquer um.
O título desse post vai ser sempre verdade, morangos mofados são essenciais. Os meus, e os que tenho o privilégio de dividir com Caio Fernando Abreu. A literatura ainda é - e espero que assim seja sempre - o ponto G dos curiosos. Todo dia morangos frescos, curiosidade mórbida e fotossíntese no pátio.
E claro, meus morangos mofados. Nesse caso, relembrar É viver.
23 de setembro de 2010
24 de maio de 2010
Amadurecência
"A poesia prevalece!
O primeiro senso é a fuga.
Bom…
Na verdade é o medo.
Daí então a fuga.
Evoca-se na sombra uma inquietude
uma alteridade disfarçada…
Inquilina de todos nossos riscos…
A juventude plena e sem planos… se esvai
O parto ocorre. Parto-me.
Aborto certas convicções.
Abordo demônios e manias
Flagelo-me
Exponho cicatrizes
E acordo os meus, com muito mais cuidado.
Muito mais atenção!
E a tensão que parecia não passar,
“O ser vil que passou pra servir…
Pra discernir…”
Pra pontuar o tom.
Movimento, som
Toda terra que devo doar!
Todo voto que devo parir
Não dever ao devir
Não deixar escoar a dor!
Nunca deixar de ouvir…
com outros olhos!"
Teatro Mágico
17 de maio de 2010
Dia D
17 de Maio de 2010.
Dia Internacional da Internet, Dia internacional da Sociedade da Informação (conhecido como Dia Internacional das Telecomunicações), Dia Internacional da Hipertensão, Dia Internacional das letras galegas (nem pergunte - deve ser algo relacionado a língua galega - seja lá o que for ela) e finalmente o Dia Internacional contra a Homofobia.
Acreditam que muita gente não sabe por aí o que é homofobia? Ódio, repulsa, ou discriminação de um ser humano a outro que é homossexual. Em outras palavras, contra a homossexualidade, que leva conseqüentemente a ter-se atitudes preconceituosas e/ou discriminatórias a quem faz essa opção sexual. Muita gente tem isso.
Ah, isso é crime. A Constituição Federal diz que é "objetivo fundamental da República" (art. 3º, IV) "promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação". E quaisquer outras formas de discriminação, não discriminadas no artigo incluem orientação sexual, entre outras.
O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, atualmente em tramitação no Congresso, propõe a criminalização dos preconceitos motivados pela orientação sexual do indivíduo e pela indentidade de gênero (DALHE AS MULHERES!) e com isso espera-se que o todo o Brasil, assim como já acontece no Estado de São Paulo, adote medidas práticas e mais eficientes para a proteção do ser humano independente de GÊNERO e ORIENTAÇÃO SEXUAL.
Hoje é dia D levantar uma das bandeiras que mais mata no mundo homens e mulheres independente da classe, e da pose. Homofóbicos do mundo: transformai-vos!
4 de maio de 2010
desconexia
ATENÇÃO: Texto sem sentido. Aos atentos ao sentido, retirar-se do recinto. Obrigada.
pega a vióla e sai a cantar!
não toco nada e muito menos canto, mas é o tipo de coisa que as pessoas fazem no fundo pela liberdade expressa no ato; não o ato em si. é tipo ficar com a roupa molhada sabendo que ta ficando resfriada, e que poderia facilmente ir pra casa tomar um banho quente.
as vezes as pessoas só discutem pra dizerem que estão certas, sem escutar nada só pra defender seu ponto de vista até as últimas conseqüências (e burrices), independente do que é melhor, ou mais produtivo pra todo mundo. da-lhe o umbigo de cada um coçando! expressão de liberdade? vivendo e conhecendo gente que diz que sim...
mas eu penso que as vezes é bom a gente se deixar um pouco mais liberto, e não dessa forma.
pega a vióla e sai a cantar!
não toco nada e muito menos canto, mas é o tipo de coisa que as pessoas fazem no fundo pela liberdade expressa no ato; não o ato em si. é tipo ficar com a roupa molhada sabendo que ta ficando resfriada, e que poderia facilmente ir pra casa tomar um banho quente.
as vezes as pessoas só discutem pra dizerem que estão certas, sem escutar nada só pra defender seu ponto de vista até as últimas conseqüências (e burrices), independente do que é melhor, ou mais produtivo pra todo mundo. da-lhe o umbigo de cada um coçando! expressão de liberdade? vivendo e conhecendo gente que diz que sim...
mas eu penso que as vezes é bom a gente se deixar um pouco mais liberto, e não dessa forma.
só sem analisar tudo que acontece a volta e pensar dez vezes antes de fazer algo que a gente gosta. nem tudo nesse mundo tem que ter sempre a praticidade e qualidade tremenda que se deseja em todas as coisas que nos fazem sentir tranqüilidade, realização, felicidade ou paz.
ou sorrir. essa pode ser considerada A função da realidade onde alguns vivem. porque sorrir não precisa de nenhum motivo muito concreto, real, ou lógico. as vezes basta um rosto, um riso, um olhar ou um singelo pensamento sincero pra fazer aquelas covinhas chegarem as nossas bochechas. então eu sou apoiadora de se deixar mergulhar as vezes na solidão que nós apresentamos aos espelhos.. como seres sociais precisamos de gente, e antes de tudo, precisamos da gente mesmo. e é por isso que as vezes ficar sozinho também nos faz reconhecer o reflexo de forma mais inteligente, pra nos apresentarmos melhor para os outros - e para nós mesmos.
porque na realidade é pra nos apresentarmos para os outros mesmo, seres sociais lembram? nenhum ser humano se compreende, aceita e ama de forma completa. e sinceramente, eu sou aquele tipo de pessoa que apoia e aceita totalmente a falta de compreensão a nós mesmos. nós mesmos somos pessoas muito complicadas para se entender; bem mais fácil a janela do vizinho direito, e uma casa abandonada ao lado. cuidar sem ninguém pra te cuidar.
não, não. to bem por aqui. adoro vizinhos e meus espelhos, tá certo que nem sempre é reconfortante, mas definitivamente a todos é necessário!
porque na realidade é pra nos apresentarmos para os outros mesmo, seres sociais lembram? nenhum ser humano se compreende, aceita e ama de forma completa. e sinceramente, eu sou aquele tipo de pessoa que apoia e aceita totalmente a falta de compreensão a nós mesmos. nós mesmos somos pessoas muito complicadas para se entender; bem mais fácil a janela do vizinho direito, e uma casa abandonada ao lado. cuidar sem ninguém pra te cuidar.
não, não. to bem por aqui. adoro vizinhos e meus espelhos, tá certo que nem sempre é reconfortante, mas definitivamente a todos é necessário!
mas não tem nada como arrumar a casa, a(s) casa(s). corações, a moradia que todo ser humano deveria ter pra si!
a vida não tem sentido. as vezes sorrimos quando perdemos porque sabíamos que íamos perder. as vezes choramos porque estamos felizes. não tem sentido. as vezes nos damos pra alguém sabendo que sempre é demais. e nos damos mesmo assim. a vida não tem sentido, amor faz. vida, não sentido; a vida NÃO tem sentido, nós - quando damos sorte - damos um sentido pra ela.
a vida não tem sentido. as vezes sorrimos quando perdemos porque sabíamos que íamos perder. as vezes choramos porque estamos felizes. não tem sentido. as vezes nos damos pra alguém sabendo que sempre é demais. e nos damos mesmo assim. a vida não tem sentido, amor faz. vida, não sentido; a vida NÃO tem sentido, nós - quando damos sorte - damos um sentido pra ela.
pega a vióla e sai a cantar!
27 de abril de 2010
Sobre o homem branco:
"O mundo deles é quadrado, eles moram em casas que parecem caixas, trabalham dentro de outras caixas, e para irem de uma caixa à outra, entram em caixas que andam. Eles vêem tudo separado, porque são o Povo das Caixas...."
(frase de um pajé do povo Kaingang, recolhida por Lúcia Fernanda Kaingang)
"Você vai me dizer: o índio tá falando mas é selvagem; selvagem é vocês, milhares de anos estudando e nunca aprenderam a ser civilização. Pra que você está estudando? Pra destruir a Natureza e no fim destruir a própria vida?"
(José Luiz Xavante)
"Queremos que a floresta permaneça silenciosa, que o céu continue claro, que a escuridão da noite caia realmente e que se possam ver as estrelas. As terras dos brancos estão contaminadas, estão cobertas de uma fumaça-epidemia xawara que se estendeu muito alto no peito do céu. Essa fumaça se dirige para nós, mas ainda não chega lá, pois o espírito celeste Hutukarari a repele ainda, sem descanso. Acima de nossa floresta o céu ainda é claro, pois não faz muito tempo que os brancos se aproximaram de nós. Mas bem mais tarde, quando eu estiver morto, talvez essa fumaça aumente a ponto de estender a escuridão sobre a terra e de apagar o sol. Os brancos nunca pensam nessas coisas que os xamãs conhecem, é por isso que eles não têm medo. Seu pensamento está cheio de esquecimento. Eles continuam a fixá-lo sem descanso em suas mercadorias, como se fossem suas namoradas."
(Davi Yanomami ; pajé e líder do povo Yanomami)
"Não compreendemos porque uma filha dos Kaingang precisa estudar leis escritas e aprender saberes que não são nossos. O que você precisa saber que nossos velhos não podem lhe ensinar ? O que se pode aprender de um Povo que não respeita seus anciãos e abandona suas crianças ? Para que irá um Kaingang estudar leis feitas por estranhos, leis que eles mesmos não cumprem ? Não! Nunca compreenderemos que a lei não seja conhecida por todos, porque nossas leis não são escritas, mas são cumpridas porque são sagradas."
(frase de líderes do povo Kaingang registradas em 1995 por Lúcia Kaingang, advogada indígena, quando decidiu estudar Direito)
"... a preservação da cultura indígena, em vez de barrar o progresso, como dizem alguns caçadores de índio, estará salvando nosso país da destruição de muitos valores, provocada por essa selvagem civilização tecnocrata."
(Margarida Tapeba ; professora indígena do povo Tapeba.)
SOBRE O RESPEITO:
"Em vários grupos indígenas brasileiros se encontra a visão de que é preciso 'amansar o branco', fazê-lo ver que a vida não pode fundar-se na devastação."
(Washington Novaes; jornalista)
"...há também o grave problema do relacionamento entre os índio e o elemento humano vindo de fora, isto é, o civilizado. De que forma se poderia conciliar as duas sociedades ? Uma estável, ajustada ao meio, equilibrada, apoiada em padrões culturais bem definidos; e outra adventícia, desordenada, que chega para transformar florestas em pastagens e cujos membros não mantém entre si nenhum vínculo, exceto o mesmo e constante propósito de obter lucros."
(Orlando Villas-Bôas; sertanista)
sobre o povo Guarani: "Eles são muito mais abertos do que nós para aprender as coisas dos outros, eles dialogam com a gente. O dialogo intercultural não somos nós que fazemos, são eles. Quantos de nós falamos Guarani? E quantos deles sabem português? A maioria. Eles aprendem, mas também estão escolhendo não sair do modo de vida deles. É uma escolha positiva, não é porque não saibam sair, é que não querem sair. Estes povos são exemplos pra nós de dialogo intercultural, que não e botar água no vinho e fazer uma coisa que não é nem água nem vinho. Diálogo cultural é beber água e beber vinho."
(Bartolomeu Meliá ; jesuíta)
Sobre o índio,
A COBIÇA:
"É hora de acabar com esses parasitas, uma vergonha. É hora de acabar com eles; é a hora de eliminar estas pestes. Vamos liquidar estes vagabundos."
(Antônio Mascarenhas; seringalista que participou do ataque aos índios Cinta-Larga
de Rondônia, conhecido como o "Massacre do Paralelo 11", em 1963)
"As terras já demarcadas são mais que suficientes às necessidades dessa espécie de gente, que quase nada produz."
(Oscar Castelo Branco; madereiro que comandou um ataque aos índios Tikuna do Amazonas, onde morreram 14 índios - publicado na Folha de São Paulo em abril/88)
"(...) se devia levar-lhes a varíola para acabar com eles de uma só vez, porquê a varíola é a doença mais terrível para essa gente."
(comandante do quartel de Santana dos Ferros, na Bahia, início do século XIX)
"(...) acordados a tiros e a facão nem procuram defender-se e toda heroicidade dos assaltantes consiste em cortar a carne inerme de homens acobardados pela surpresa. Depois de batidos dividem-se os despojos que são vendidos a quem mais der, entre eles troféus do combate e as crianças apresadas"
(Eduardo Hoernham; inspetor do Serviço de Proteção ao Índio, relatando o procedimento dos bugreiros, caçadores de índios contratados pelo governo de Santa Catarina para "limpar" as regiões destinadas aos assentamentos para colonos
europeus no início do século XX, 1912)
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"Você vai me dizer: o índio tá falando mas é selvagem; selvagem é vocês, milhares de anos estudando e nunca aprenderam a ser civilização. Pra que você está estudando? Pra destruir a Natureza e no fim destruir a própria vida?"
(José Luiz Xavante)
19 de abril de 2010
Pontuando.
O ponto tem algo de definitivo, marcante e seguro que eu nunca consegui ter, sempre me ative a sentimentos menos nobres e mais sinceros, meios-pés que estão sempre pisando em algum cantinho de sala, mas não soleiras inteiras. O ponto também permite que nós saibamos que podemos desfrutar intensamente de cada verbo, palavra e letra desde que lembremos que o ponto também significa ter hora e lugar pra acabar. Desfrute até o ponto. E porque o fim tem sempre que parecer algo ruim? Tão ruim assim? Ele determina o final. Ponto. E não tem porque sempre ver o final como algo tão triste, mesmo que eu concorde que ficaria muito mais bonito de lembrar se soubéssemos exatamente onde tudo termina. Aquelas tristezas profundas dariam lugar a uma tranqüilidade exorbitante que a maturidade traz pra alguns. Saber onde termina. Sem passar pelo sofrimento de reler várias vezes um mesmo parágrafo, querendo enxergar toda a pontuação que ali existe, sem aceitar a pontuação que dão a ti próprio. Ponto final.
E o ponto não é só um sinal de pontuação, ele abre e encerra ciclos como quem brinca com um coração, uma mente e algumas palavras que a gente insiste em dizer só porque acha que a hora de ponto está chegando. Nada termina antes do fim, e a gente tem o hábito desagradável de sempre esquecer desses detalhes... Não precisamos sempre fazer dos pontos que a vida nos traz, um muro de chorumelas e pranto incansável. Não precisamos sofrer muito se entendemos que o ponto vem para o bem. Se entendermos que é assim mesmo em toda parte: As pessoas chegam, e as frases começam com uma letra maiúscula, as pessoas nos conquistam, e depois do verbo a frase finalmente começa a ganhar sentido daí a gente se sente feliz por tê-las ao nosso lado e é exatamente nessa parte que as pessoas se vão e o ponto - aquele cruel e insensível - faz a sua arte mais uma vez. Canalha.
O ponto propõe o crescimento, o desapego. Simplifica e divide tudo igualmente sem complicar. Ele mata todas as reticências, noites reticentes e exclamações desenfreadas, mas um dia faz todo mundo entender que de um jeito ou de outro ele manda todo dia na vida da gente.
Tem gente que sabe ser ponto, eu ainda não sei. Me perco na beleza das reticências, na euforia da exclamação e na insegurança completa de uma interrogação! Toda reticência me faz cair nas possibilidades, e toda euforia me faz transcender onde piso, para depois voltar perguntar: Mas será que dá mesmo? Eu nunca sei. Todo o receio de uma vírgula encanta e todo novo parágrafo o pensamento afia mais, quer cortar as nossas mentes e deixar entrar tudo aquilo que se deixa pontuar. Eu ainda acho difícil deixar tudo pra trás, e botar um ponto sem reclamar um pouco. Acho ainda mais difícil botar agora uma vírgula pra dividir igualmente meu coração, botar algum limite - logo ele que sempre teve frieza e freios - e deixar-me ser fria e indiferente a tudo atrás de mim. Acho quase impossível, deixar de lado tudo que conquistei nos meus conjuntos de parágrafos que formam textos. Toda sensibilidade que me liberta e aprisiona inevitavelmente a troco de um único fim.
O problema é que eu quero sempre mais de tudo do que O tudo pode me oferecer e não termino jamais. Minhas frases são infinitas e cada uma necessita de uma explicação, sempre foi. Meu coração é transparente, sonhador e tem até asas, apesar de não ser resistente a quase nada. Apesar de ter sido resistente a quase tudo! Eu literalmente NÃO SEI e me recuso permanentemente a desistir. Me recuso a ser forte o suficiente pra dizer que é o final daquilo que eu não quero que seja finito. Não quero nenhum ponto que me limite, que me sufoque! Eu quero ter o direito, e aproveitar o direito de não saber o que dizer... De não saber o que sentir! Ou de simplesmente não saber. Ser um pouco frágil e bagunçar um pouco dentro de mim, pra só arrumar quando eu precisar. Quando eu quiser.
E que hoje eu consiga parar pra pensar e decidir com que ponto estou, em que ponto estamos. Com que ponto vamos. Pra assumir por inteira, independente do ponto!
8 de abril de 2010
Senhor
Muita coisa muda ao longo do tempo, afinal "O tempo é senhor do tempo". Podemos medir ele das mais diferentes formas, mas a humanidade nunca conseguiu controlá-lo, ao máximo, prevê-lo. Se um dia chegarmos a esse ponto, bom, se sobreviveremos a esse ponto, muitas outras coisas serão possíveis que acredito que levaremos o mundo a um lugar bem melhor do que é hoje, gente evoluindo de forma mais completa, ao invés de crescendo parado no mesmo lugar.
Acredito que seres humanos são uma das coisas mais instáveis do planeta, são em geral estremamente receptivos a influências externas fortes. Pessoas instigam pessoas, pessoas chamam pessoas, pessoas culpam pessoas, pessoas prendem pessoas, pessoas amam pessoas. Pessoas são instigadas, chamadas, culpadas, presas e amadas. Mas porquê o crescimento ainda parece algo tão difícil? Porque deixar velhos hábitos do outro é tão penoso, quando é muito mais autentico criar seus próprios, quando é um tanto mais natural quando vem de dentro? Como dizia uma propaganda antiga de tv "Algumas pessoas crescem, outras evoluem". Algumas pessoas evoluem por meio outras, outras pessoas evoluem por si mesmas. Acho que o segredo é algo parecido com evoluir para os outros, mas em benefício próprio.
Tem gente que chama os outros na esperança de que não fique sozinho na sua (já antiga) linha e tem os que chamam os outros porque sabem vão ficar além sozinhos, erráticos. Há os que culpam os outros por não terem ainda capacidade de se olhar de frente e assumir seus erros - frente a quem se prejudicou, e principalmente frente a si mesmo como prejudicado. Tem gente que prende os outros por não se gostar e assim duvidar que o outro goste também, que prende pra deixar mais seguro e para preservar a vida do outro, para preservar a si mesmo de sofrimento. Só não vê que é morte lenta e decadente pra qual quer-se levar a humanidade, ninguém que preserva pássaros livres dentro de uma gaiola os têm por muito tempo, ou eles fogem, ou morrem. Pessoas são amadas, e tem tanto medo disso que arrajam desculpas pra não se entregar, e viver com a segurança instável que é amar, e pra não aprender a respirar por meio disso também. Pra não deixar o pássaro no ar consigo, pra voar sozinho e não ter que se preocupar com ninguém. Pra sofrer sozinho e não sentir culpa. Pra deixar só a parte bela fazer parte do todo. Pra amar sozinho e não sofrer o amar de alguém. Pra amar sozinho, e se deixar estar sozinho.
É o medo da responsabilidade, é o medo de ser responsável por tudo aquilo que acontece de bom, e de ruim. É quando ver evoluir, sorrir, e saber que só foi possível graças ao teu esforço, ao teu bem, ao teu amor, e amado. É quando ver ruir, ver tudo que tentou perder a base, e todo tempo que investiu, ver perdido.
Tempo não se perde, se ganha. Quando a gente diz que perde, a gente mostra que não aprendeu nada com o que se viveu. Todo mundo cai, de joelhos, de cabeça, de costas. Tem gente que cai de pé (sorte desses). Mas a gente só vai saber como se equilibrar, quando conhecermos o que queremos controlar por inteiro e tivermos caído uma vez pra saber como é. O tempo É senhor do tempo, mas nunca custa ficar de olho nele pra não perder o trem, e dizer que ele não passou na estação.
Acredito que seres humanos são uma das coisas mais instáveis do planeta, são em geral estremamente receptivos a influências externas fortes. Pessoas instigam pessoas, pessoas chamam pessoas, pessoas culpam pessoas, pessoas prendem pessoas, pessoas amam pessoas. Pessoas são instigadas, chamadas, culpadas, presas e amadas. Mas porquê o crescimento ainda parece algo tão difícil? Porque deixar velhos hábitos do outro é tão penoso, quando é muito mais autentico criar seus próprios, quando é um tanto mais natural quando vem de dentro? Como dizia uma propaganda antiga de tv "Algumas pessoas crescem, outras evoluem". Algumas pessoas evoluem por meio outras, outras pessoas evoluem por si mesmas. Acho que o segredo é algo parecido com evoluir para os outros, mas em benefício próprio.
Tem gente que chama os outros na esperança de que não fique sozinho na sua (já antiga) linha e tem os que chamam os outros porque sabem vão ficar além sozinhos, erráticos. Há os que culpam os outros por não terem ainda capacidade de se olhar de frente e assumir seus erros - frente a quem se prejudicou, e principalmente frente a si mesmo como prejudicado. Tem gente que prende os outros por não se gostar e assim duvidar que o outro goste também, que prende pra deixar mais seguro e para preservar a vida do outro, para preservar a si mesmo de sofrimento. Só não vê que é morte lenta e decadente pra qual quer-se levar a humanidade, ninguém que preserva pássaros livres dentro de uma gaiola os têm por muito tempo, ou eles fogem, ou morrem. Pessoas são amadas, e tem tanto medo disso que arrajam desculpas pra não se entregar, e viver com a segurança instável que é amar, e pra não aprender a respirar por meio disso também. Pra não deixar o pássaro no ar consigo, pra voar sozinho e não ter que se preocupar com ninguém. Pra sofrer sozinho e não sentir culpa. Pra deixar só a parte bela fazer parte do todo. Pra amar sozinho e não sofrer o amar de alguém. Pra amar sozinho, e se deixar estar sozinho.
É o medo da responsabilidade, é o medo de ser responsável por tudo aquilo que acontece de bom, e de ruim. É quando ver evoluir, sorrir, e saber que só foi possível graças ao teu esforço, ao teu bem, ao teu amor, e amado. É quando ver ruir, ver tudo que tentou perder a base, e todo tempo que investiu, ver perdido.
Tempo não se perde, se ganha. Quando a gente diz que perde, a gente mostra que não aprendeu nada com o que se viveu. Todo mundo cai, de joelhos, de cabeça, de costas. Tem gente que cai de pé (sorte desses). Mas a gente só vai saber como se equilibrar, quando conhecermos o que queremos controlar por inteiro e tivermos caído uma vez pra saber como é. O tempo É senhor do tempo, mas nunca custa ficar de olho nele pra não perder o trem, e dizer que ele não passou na estação.
6 de abril de 2010
5 de abril de 2010
Quando bate forte.
Quando a gente ama de verdade, não dá, a gente sempre sente aquele medo de perder o receptor do amor, a quem se ama. Sente tanta raiva quando briga, porque quando se está junto o melhor é aproveitar o amor, companheirismo, sinceridade e cumplicidade que existe a dois. E quando surge a oportunidade propícia para mostrar mais o que sentimos, aproveitamos, queremos mostrar que o amor que sentimos é o "maior do mundo" - ou pelo menos achamos que é o do nosso mundo.
Queremos sempre ajudar, e por vezes nesse intuito passamos do limite porque achamos ter condição de fazer a pessoa enxergar algo que vemos... Mas as vezes simplesmente não adianta, continuamos sendo seres humanos que não aprendem tanto com os erros dos outros, e sim com os próprios. Gostamos sim de receber flores, mas ainda mais de dar e ver aquele sorriso surpreso e feliz de quem amamos. De dar aquele abraço apertado e do sorriso sem jeito.
A dois as brigas vem... e vão embora. As vezes persistem, outras desistem, afinal... Cada caso é um caso. Não posso sair generalizando relacionamentos por aí, afinal se eu soubesse a solução de todos eu não estaria aqui. Eu estaria rica.
Mas acho que a DOIS, o que se gosta mesmo, é amar. Amar pode ser em silêncio, a gritos, em filmes calmos em camas quentes ou festas cheias de música e histórias pra contar. Amar vem devagar, antes de apressar o passo como quem vence uma corrida. Toca como um brisa leve, e pode causar estrago como a folha de caderno que corta o dedo. Ele constrói dinastias e tradições, e deixa todas de lado quando ama, as tradições não interessam e as dinastias vão superar. Amar é o que interessa. Ele destrói ditaduras e afoga algumas ditas 'civilizações' do mundo moderno, mulher em casa com a comida pronta, mulher não pode votar, mulher tem que criar os filhos em casa. O que não faz o amor... amor às nossas mulheres, amor aos filhos destas, amor à luta, amor à vitória! O amor acha mesmo civilizado, é amar.
29 de março de 2010
22 de março de 2010
16 de março de 2010
Certeza(s)
Tanta coisa na vida e tão poucas são as que a gente tem certeza. Aquelas que a gente pode olhar no espelho e dizer: Eu tenho certeza que você é o cara. Você é que vai me fazer feliz, e melhor. Po, eu sabia que tu ia vir, tava sentindo, eu previa! HA! Isso é raro. Na realidade isso poderia ser considerado uma sátira exorbitante da realidade visto que são poucas, raras, e valiosas as certezas que temos na vida. Nós vamos morrer, disso sabemos. Mas que outras certezas temos? Vamos continuar estudando, vamos continuar no emprego de sucesso, no fim do próximo mês vamos receber o dinheiro tão esperado, as pessoas que nos amam vão continuar nos amando, e todos sobreviverão o suficiente pra viver de fato? Vamos continuar vivos? Não sabemos. Vamos morrer essa é a maior verdade que existe. Então aproveitemos o tempo, os sorrisos, as oportunidades porque uma das poucas coisas certas na vida é que enquanto estiver vivos, teremos a oportunidade de mudar sim as coisas!
10 de março de 2010
Ninguém sabe.
Será que existe? Tem um monte de coisas que ninguém sabe se existe. Deus é uma dessas coisas que ninguém sabe se existe, mas tem pessoas que alegam sentir A sua presença, que nem a gente sente o amor. Com todo o respeito que nutro aos ditos fervorosamente religiosos, eu também já tive a impressão que uma pessoa tinha falado comigo, quando na realidade estava em silêncio. Já tive a impressão que um 'certo alguém' estava pensando em mim, quando na realidade estava era falando no celular sobre uma coisa coisa nada a ver comigo. Eu é que estava pensando nela.
O amor também uma dessas coisas que ninguém sabe se existe, mas ao contrário de Deus, eu afirmo que ele existe. É ele que faz com que nós enchamos de palavras amigas e preocupadas nossos entes e amigos queridos. É ele que faz com que façamos esforços (gratuitos) que as vezes não faríamos por nós mesmos, e ainda achar o saldo final positivo. Faz com que cometamos loucuras de felicidade em tempos de guerra e sangria acelerada!
Tem gente que diz que tudo isso está relacionado a Deus, os homens não tem vontade, o amor É Deus! É a mão divina! (e hajam mãos para 6 bilhões de cabeças cheias de problemas para resolver...) Mas eu acredito na vontade dos homens, ou melhor ainda, para alguns sexistas de plantão: Na força de vontade do ser humano.
O amor é que faz com que agente acorde no meio da noite escura e fique a olhar para quem dorme ao lado. Pode ser amiga, namorado, esposo, pai, mãe, ou filho. Que faz agente aguentar levantar no outro dia ainda mais cansado, por aquele olhar que durou instantes e que nós guardamos pra sempre. Que faz agente, apesar de cansados, tirar os tênis da filha ou do filho para dormir. Isso não pode ser Deus, agindo pelos milhões de pais ainda vivos. Deus tem muitas vidas pra salvar, guerras pra parar, e pessoas pra descer no elevador pra se preocupar exclusivamente com algo como tirar os tênis de alguém. Até Deus tem que ter prioridades, falo sério. Se isso for Deus, volto a dizer que ele é um cara barbudo e malvado que tem paper view prived da desgraça alheia na suíte presidencial do céu. Acho que a gente que é que dá amor à Deus, e não o contrário. A gente dá amor ao que a gente acredita, e agente acredita em quem a gente ama.
Isso é amor: uma coleção de sentimentos que por tanto não existirem, implodem, explodem, e só então, externa-se. Isso é amor. Deus? Deus está de férias há aproximadamente 2000 anos. A terra já existe há 4,5 bilhões de anos, e vocês não ficaram sabendo? Babado forte lá em cima. Não faz muito, ele perdeu seu único filho. Com todo o respeito, ainda não deu pra recuperar.
O amor também uma dessas coisas que ninguém sabe se existe, mas ao contrário de Deus, eu afirmo que ele existe. É ele que faz com que nós enchamos de palavras amigas e preocupadas nossos entes e amigos queridos. É ele que faz com que façamos esforços (gratuitos) que as vezes não faríamos por nós mesmos, e ainda achar o saldo final positivo. Faz com que cometamos loucuras de felicidade em tempos de guerra e sangria acelerada!
Tem gente que diz que tudo isso está relacionado a Deus, os homens não tem vontade, o amor É Deus! É a mão divina! (e hajam mãos para 6 bilhões de cabeças cheias de problemas para resolver...) Mas eu acredito na vontade dos homens, ou melhor ainda, para alguns sexistas de plantão: Na força de vontade do ser humano.
O amor é que faz com que agente acorde no meio da noite escura e fique a olhar para quem dorme ao lado. Pode ser amiga, namorado, esposo, pai, mãe, ou filho. Que faz agente aguentar levantar no outro dia ainda mais cansado, por aquele olhar que durou instantes e que nós guardamos pra sempre. Que faz agente, apesar de cansados, tirar os tênis da filha ou do filho para dormir. Isso não pode ser Deus, agindo pelos milhões de pais ainda vivos. Deus tem muitas vidas pra salvar, guerras pra parar, e pessoas pra descer no elevador pra se preocupar exclusivamente com algo como tirar os tênis de alguém. Até Deus tem que ter prioridades, falo sério. Se isso for Deus, volto a dizer que ele é um cara barbudo e malvado que tem paper view prived da desgraça alheia na suíte presidencial do céu. Acho que a gente que é que dá amor à Deus, e não o contrário. A gente dá amor ao que a gente acredita, e agente acredita em quem a gente ama.
Isso é amor: uma coleção de sentimentos que por tanto não existirem, implodem, explodem, e só então, externa-se. Isso é amor. Deus? Deus está de férias há aproximadamente 2000 anos. A terra já existe há 4,5 bilhões de anos, e vocês não ficaram sabendo? Babado forte lá em cima. Não faz muito, ele perdeu seu único filho. Com todo o respeito, ainda não deu pra recuperar.
9 de março de 2010
Dentinhos da nina.
De repente a gente cega no super e vê ao invés de luz no teto, por todo corredor, ovos de chocolate. Ovos recheados da delícia de cacau e besteiras que o resultado é cho-co-la-te. Vocês já viram aquele filme? "Chocolate"? Se não viram, não vejam! É tentação demais para um corpitcho que não pode aumentar. Dá vontade de ENTRAR dentro do filme. COMER o set. A Páscoa chegou e Uh! É mais um motivo pra entristecer... Alguém já parou pra reparar como Kinder Ovo era barato e como a gente paga uma fortuna agora? Pra quem tem dinheiro pra comprar, óbvio. O que não é meu caso. Mas vamos ver pelo lado positivo, eu não estou alimentando a indústria capitalista que incentiva o lado mais consumista de grande parte das mulheres. Oba! Vou de leve que o João não é de Barro. (e o banco não tem cash)
Vocês acreditavam em coelhinho da páscoa? Eu nunca acreditei muito. Eu já tive uma coelha, e o nome dela era Nina. A Nina era bem maltratada pela minha irmã (que gostava de dormir em cima dela, como se ela fosse travesseiro) e a pequena coelhinha era muito sapéca, adorava comer os fios de trás do som do meu pai. Claro que da terceira vez que ela fez isso, ela foi doada para uns amigos da família que tinham um sítio pra fora, onde ela seria feliz e poderia roer com mais liberdade. Enfim o foco é que eu sempre tive grande dificuldade em ver que a minha coelha, tivesse um semelhante que produzisse ovos de chocolate. Que seilá fosse dono de uma fábrica com galinhas que fazem isso... que merda. Se ele fazia, porque a Nina não fazia também? Porque ela era menina? O mundo é injusto. Não entendia, não entendia, que merda. Eu sempre cheguei mais perto de acreditar em papai noel, e que mesmo assim, nunca foi lá muito convincente, mas serviu até os meus.. 7, 8 anos. O mais triste é crescer e observar de forma latente que essas datas existem na realidade para estimular o superconsumo de uma sociedade em crise, para estimular e fazer render mais a economia já desenvolvida.
E só pensando de novo... Cho-co-la-te. Pra quê tudo isso? E outra, nunca escutei ninguém falando a idade do coelhinho da páscoa (mistério...), o papi Noel todo mundo sabe que é velho (aliás, e já é velho há MUITO tempo, não deveria estar morto? Filhos, passar pra frente o legado de distribuir presentes, não existe hein?) o coelhinho da páscoa tem um jeito tão jovial... meio estranho pra quem admnistra uma fábrica de ovos de chocolate a preços exorbitantes. Feliz data de comprar chocolate para todo mundo (se você tem dinheiro!).
Vocês acreditavam em coelhinho da páscoa? Eu nunca acreditei muito. Eu já tive uma coelha, e o nome dela era Nina. A Nina era bem maltratada pela minha irmã (que gostava de dormir em cima dela, como se ela fosse travesseiro) e a pequena coelhinha era muito sapéca, adorava comer os fios de trás do som do meu pai. Claro que da terceira vez que ela fez isso, ela foi doada para uns amigos da família que tinham um sítio pra fora, onde ela seria feliz e poderia roer com mais liberdade. Enfim o foco é que eu sempre tive grande dificuldade em ver que a minha coelha, tivesse um semelhante que produzisse ovos de chocolate. Que seilá fosse dono de uma fábrica com galinhas que fazem isso... que merda. Se ele fazia, porque a Nina não fazia também? Porque ela era menina? O mundo é injusto. Não entendia, não entendia, que merda. Eu sempre cheguei mais perto de acreditar em papai noel, e que mesmo assim, nunca foi lá muito convincente, mas serviu até os meus.. 7, 8 anos. O mais triste é crescer e observar de forma latente que essas datas existem na realidade para estimular o superconsumo de uma sociedade em crise, para estimular e fazer render mais a economia já desenvolvida.
E só pensando de novo... Cho-co-la-te. Pra quê tudo isso? E outra, nunca escutei ninguém falando a idade do coelhinho da páscoa (mistério...), o papi Noel todo mundo sabe que é velho (aliás, e já é velho há MUITO tempo, não deveria estar morto? Filhos, passar pra frente o legado de distribuir presentes, não existe hein?) o coelhinho da páscoa tem um jeito tão jovial... meio estranho pra quem admnistra uma fábrica de ovos de chocolate a preços exorbitantes. Feliz data de comprar chocolate para todo mundo (se você tem dinheiro!).
5 de março de 2010
Educai-nos
Depois que se toma escrever como um hábito é incrível como ficar algum tempo sem preencher linhas de conhecimento (independente de útil) me deixa louca por dentro. Há tanto pra colocar pra fora, a explanar sobre páginas e páginas e páginas... Aliás no mundo de hoje, que coisa antiquada (ainda usa-se trema?). A história de escrever em cadernos, folhas, guardanapos de restaurante. Pra que, com o "blackbarry" (pra quem tem, obviamente) tão a mão? Podem dizer antiquada, mas uma luzinha não tem o mesmo sabor da caneta macia deslizando sobre a folha, o ruído, o sentimento, o desenvolvimento do pensamento em todo o seu processo sem apressar nada. Manuscrever, escrever a mão um pouco dos nossos sorrisos e tragédias, com espaço pra cada sentimento. Já tentaram imaginar carta de amor digitada no computador, entregue impressa sem ao menos a assinatura daquele que a manda? Da-lhe a praticidade. Nunca recebi uma, mas posso imaginar o gosto de papel machê que depois de botar na boca, gruda na garganta... Não desce.
Então escrever pode ser um ato de amor, ou de ódio. Reflexão, planejamento ou arrependimento. Raiva, carinho ou medo. Entre outros motivos que eu não me lembro. O certo é que todo texto, sem sombra de dúvida, carrega consigo sentimento. Os sentimentos de quem escreve, os sentimentos de quem lê. Carrega o pensamento do leitor, por que absorveu o projeto de idéia que autor tentava passar... quem lê leva isso guardado, como uma semente. E que quando necessária a informação, o alarme pisca, aqui tem semente, informação, conhecimento pra encher a estante. O autor tenta passar o que quer mesmo que por vezes já tenha a idéia pronta. Apesar de as vezes não ter idéia do que virá na linha seguinte. O autor tenta passar o que quer, apesar do que ele quer e o que vai conseguir - sabe-se - que são diferentes. Diga A. Se a pessoa ao lado escutar o tom alfabetístico no qual falaste, automaticamente ela responde B, e assim por diante... O autor dá um texto. Que nem redação no vestibular... Um tema. Um texto que discorre sobre o assunto e conclui uma idéia. Com certeza o que o autor quis passar com o texto - em exato - não foi o que você acabou entendendo - em exato. Você continua o raciocínio, nada mais natural. Se não, ao dissertar uma redação ou comentar com alguém sobre o texto o qual lestes serias igual ao autor, serias O autor. Todos nós ao comentar um texto, aproveitamos a oportú pra darmos o nosso pitaco básico, sobre o que nós lemos e mais ainda, sobre o que NÓS concluímos, acrescentarmos as NOSSAS experiências, e as NOSSAS burrices.
Muitos textos os quais li, encontram-se em caráter de conselho para instigar o leitor a pensar. Adoro esses! Sempre parecem que tem algo da gente, algo de escondido e secreto que parece que ninguém mais no mundo sente. E quando a gente encontra alguém que sente, aaaah, que sensação de 'eu não sou o único estranho' boa (ou sou só eu que me sinto as vezes a única estrana? enfim)! O certo é que as sementes plantadas florescem, crescem, se unem com outras árvores e formam uma cortina de conhecimento que impede que a manipulação do que está a nossa volta passe. Isso se chama: esforço para ser uma pessoa mais inteligente. O que pode ser traduzido para alguns como prazer, como é pra mim, pra relaxar antes de dormir eu leio. Apesar de livros mais pesados, ou substancialmente necessários para os estudos serem em cima da mesa ou durante o dia, nunca na hora de dormir! A cortina serve como filtro, pra deixar desenvolver o que é importante, e o que não é deixar pra lá. E sem desmerecer as coisas boas da vida, as pequenas! Elas são fundamentais pra o desenvolvimento do todo (que nem as formigas!). É por isso que na pesquisa mostrada ontem no JN que o valor que as pessoas acham mais importante que cresça no Brasil, é a Educação! Leitura, conhecimento e inclusão social! Ler livros, fazer livros, sentir livros. Reproduzir sentimentos! Reproduzir educação! Eduquem-se, educo-me, educamo-nos! "O mundo não é, o mundo está sendo" (Paulo Freire) A gente tem que plantar, e isso, é certo.
*só pra constar, texto escrito a mão com prazer! Livro educador, ser humano educando, livro educando já que ser humano educa-o. Bom final da semana pra todos!
*só pra constar, texto escrito a mão com prazer! Livro educador, ser humano educando, livro educando já que ser humano educa-o. Bom final da semana pra todos!
3 de março de 2010
Einsten
O átomo. Quem diria que a simples genialidade de um ser humano - combinado à curiosidade e determinação óbvia - desencadearia indiretamente o homicídio de milhares de pessoas? (vide as bombas atômicas em hiroxima e nagasaki em 1945, onde morreram aproximadamente 180 mil pessoas). Conhecimento. Uma benção, ou uma arma? Depende de quem o detém. E como escolher os detentores de tamanho poder? Conhecimento? Afinal, é um direito de todos, que deve ser de acesso universal (e nesses momentos a realidade inebria muitos rostos de tristeza, dentre os quais me incluo). Não pelo apego ao conhecimento, mas pelo seu melhor uso. Tudo pela falha na cadeia de ação-reação gerada pela realidade que nos cerca.
O raciocínio começou da seguinte forma: Em uma aula, a seguinte questão foi colocada, tendo como base a Revolução Industrial, surge a dúvida diante do crescimento tecnológico, o impacto ambiental. Valeu a pena? Coloquemos o seguinte. Sem a Revolução Industrial dificilmente o ser humano teria notado de fato o quão prejudicial é sua atitude em relação à natureza. Claro que é possível que através de outros desenvolvimentos naturais - e mais lentos - que o ser humano viesse a notar a destruição evidente, e logo massiva, que ocorreria. Mas logicamente, não foi o que aconteceu. O lançame nto a ser colocado é - apesar de difícil - passível de entendimento. No século XVIII o conhecimento sobre danos permanentes eram obviamente menores, se não insignificantes, visto que nem todo o mundo havia sido "descoberto" ou "explorado". O que cutuca - que é na realidade a pergunta em si - é saber porque ao estudos serem concluídos, margens negativas sobre a sobrevivência da natureza - e do ser humano nela - serem definitivos e já irrefutáveis a não ser para pior, a evidência do super aquecimento global atingir tudo que há de vivo na terra, não foram tomadas atitudes concretas?
A esperança do mundo moderno, nasceu e morreu em Conpenhage, uma das maiores frustrações políticas, sociais e ambientais que o mundo já teve a tristeza de presenciar. A consciência neste caso, aparece como uma coisa m uito bonita! Não faz nada, não move nada, não muda nada. Os maiores produtores dos poluentes que assolam a nossa atmosfera, continuam a produzir, e os maiores queimadores da nossa terra continuam a vendê-la ao capital estrangeiro. Todos sabem que podem sair a pé, e gastar um pouco menos no final do mês, mas se gastarem menos, vão sentir necessidade de trabalhar menos também e assim fazem a roda do capitalismo girar mais lentamente. Há uma necessidade do sistema que o consumo SEJA exagerado, descontrolado, e manipulado por eles, os que detém os meios de produção e controle do Estado. Conpenhage, mais do que nunca é um exemplo do sistema que presenciamos. Dinheiro antes de caráter, luxúria antes de amor, consumo antes de vida e tiros antes de abraços.
Foto da Vereadora pelo PSOL/RS, Fernanda Melchionna, que foi a Conpenhage entregar as 50 propostas do PSOL para um mundo - e meio ambiente - melhor.
25 de fevereiro de 2010
Guarde para os dias de chuva.
Café, e belos filmes pra harmonizar um quê que falta no dia. Chegar em casa, botar os pés pra cima e ahhhhhh relaxar toda a inutilidade agradável do que nos cerca... Só pelo prazer de curtir o momento. Aliás, no momento, esperando uma bela lasanha ficar pronta, junto com umas linhas de raciocínio e conclusões errôneamente legais. Elas sempre nos fazem muito bem....
Se vai ficar, se vai passar, não sei
E num piscar de olhos lembro tanto que falei, deixei, calei
E até me importei mas não tem nada, eu tava mesmo errada
Cada um em seu casulo, em sua direção, vendo de camarote a novela da vida alheia
Sugerindo soluções, discutindo relações
Bem certos que a verdade cabe na palma da mão
Mas isso não é uma questão de opinião
Mas isso não é uma questão de opinião
E isso é só uma questão de opinião..."
"Na frente está o alvo que se arrisca pela linha
Não é tão diferente do que eu já fui um diaSe vai ficar, se vai passar, não sei
E num piscar de olhos lembro tanto que falei, deixei, calei
E até me importei mas não tem nada, eu tava mesmo errada
Cada um em seu casulo, em sua direção, vendo de camarote a novela da vida alheia
Sugerindo soluções, discutindo relações
Bem certos que a verdade cabe na palma da mão
Mas isso não é uma questão de opinião
Mas isso não é uma questão de opinião
E isso é só uma questão de opinião..."
(Teto de vidro-Pitty)
18 de fevereiro de 2010
Desistir é o nome do esporte.
"Muito trabalho pra nada. Pra que se incomodar? Deixa pra lá".
Quem já não ouviu pelo menos uma vez isso da boca de alguém? Quem próprio nunca pensou que se movimentar para alcançar algo era incerto demais para valer a pena?
Estamos sempre escolhendo. Desde o momento que acordamos, a forma de levantar, que roupa usar, a cor da roupa que se vai usar, o que comer no café da manhã? Escolhemos o horário de sair de casa, se vamos dar bom dia ou não para aquele moço muito simpático da padaria. E observamos tudo, tudo que se estende pelo redoma que formamos a nossa volta... Sentar na frente da televisão e aceitar o horror que deixamos o "rumo dos acontecimentos" levarem e destruirem tudo por si só. Desistir é o nome do esporte, paramos antes mesmo de tentarmos, e depois não custa lamentar o mal curso natural dos acontecimentos. Eu não podia fazer nada mesmo. Síndrome de vítima.
Sempre parece incerto demais. Jogar nunca é garantia de ganhar, assim como correr não é garantia de chegar a tempo... Porém todos aqueles que já venceram, só o fizeram, porque tentaram. Desistir é o novo lema que nós absorvemos dentro da sociedade, pra quê correr o risco? Aqui está muito confortável mesmo. Esquecemo-nos que poderia ser muito melhor se quisessemos investir na tentativa, o ganho seria inenarrável dentro da mente das pessoas... Um outro mundo É possível!! Mas assim o mundo gira, e tudo permanece no mesmo pé que desce a lomba pra ir cada vez mais fundo, e fundo, e fundo...
Todo dia temos que passar alguém pra trás, desistir começa aí. A gente está sempre disputando, a última blusa da loja, a melhor vaga pra estacionar, quem vai sentar na última cadeira do ônibus? uma vaga de emprego, um lugar na fila, e na vida. Já pensou se desistisse toda vez que se pensa que em uma entrevista há outros candidatos muito mais qualificados que tu? E se todo eles, como tu, também pensassem isso? Não haveria candidatos para a vaga já que todos desistiram de tentar. Desistir é largar de mão as oportunidades e deixar pra lá o que poderia muito bem dar certo, largar de mão a chance da consciência perfeitamente tranqüila antes de dormir, a benção de poder pensar "Eu fiz tudo que eu podia".
Hoje é uma maratona que temos que nos esforçar todo dia pra vencer, a prova é no cansaço, quem vai desistir primeiro? É uma prova de resistência, onde o nome do filme "alguém tem que ceder" é perfeitamente válido. Levar adiante comigo, e repassar a todo instante que luta-se pra construir desse um mundo de desistência, a vitória da classe desistora, não em mundo de abutres lutando pelo mesmo pedaço de carne podre. Resistir siempre, mantener la fuerza y nunca rendirse. La victoria es posible, unidos ganamos, esto!
13 de fevereiro de 2010
ê caminho
Hey. Quanto tempo. Estamos no mês de fevereiro já. Passou tão rápido... e QUÊ calor hein, deusoslivre. Aliás, não livre não, que (perdão) eles merecem. Estamos em fevereiro, mês dos muitos aniversários aqui de casa e do ser espiritualmente perturbado que fala por esse blog. O tempo é uma coisa bem engraçada, passa tão rápido mas os efeitos são tão notáveis. Nossa... de fato. Andei rabiscando algumas coisas por aí, mas tudo bobagem. Esse calor frita o que restou dentro da coisa que separa as orelhas. Essa coisa redonda que as vezes só faz pensar besteira. Acho que eu já vou indo. Terminar de botar umas músicas nas minhas listas e fazer alguma coisa pra mudar o ar quente que tá saindo do ventilador. Se cuidem e tomem muita água, Tchau!
8 de fevereiro de 2010
Dias
Hoje estou feliz, acordei com o pé direito
E vou fazer de novo, vou fazer muito bem feito
Sintonia,
telepatia,
comunicação pelo cortéx
Bum,Bye-Bye.
E vou fazer de novo, vou fazer muito bem feito
Sintonia,
telepatia,
comunicação pelo cortéx
Bum,Bye-Bye.
(Dias de luta, dias de glória - CBJ)
4 de fevereiro de 2010
Depois que o sol se põe
Esse silêncio que a madrugada guarda. É como gotas de uma pia mal-fechada que guarda consigo uma estranha tranquilidade, uma sensação de aconchego, ao mesmo tempo que um vazio. É quase como se ela tivesse por si só, algo a nos dizer. Lembro que há muito tempo atrás deixei durante bastante tempo uma frase em um de meus perfis.. "De madrugada a razão se joga pro sereno". A esta hora do dia - ou da noite - muito do que nos preocupa diariamente desaparece.. ou - é claro - tem a oportunidade de surgir de forma muito mais intensa. Como se fosse mais real. E o silêncio da casa - e do pequeno mundo a nossa volta - é como se nos deixasse ver melhor... Falando em casa, que coisa curiosa. Uma das coisas que mais me agradam durante essa hora, é caminhar por uma casa vazia. É uma paz, um silêncio, um quê de medo pairando no ar. Caminhar pelas peças, reconhecendo nelas cantos inexplorados que te fazem olhar duas vezes pro mesmo lugar só pra ter certeza de que não há ninguém lá, de fato. Sempre tem alguém, mesmo que seja somente a sombra do que fazemos, a sombra do que somos querendo nos avisar que o dia logo logo vai raiar, e é melhor irmos descansar. Coisas que ocupam o nosso pensamento em ritmo constante, até o sentimento sentir que um novo - e belo - dia vai amanhecer. Até nos darmos conta que um novo dia já amanheceu de forma bela, e natural. Natural, aliás, como deveriam ser todas as belas coisas. E bom... O que não se joga ao sereno durante a madrugada? Só gente gripada. O resto, pode empacotar, eu adoro uma boa conversa regada a sereno e alegria. Principalmente neste calor... alguém merece? (E ainda tem gente com coragem de dizer que o aquecimento global não existe, pode?)
Acho que a madrugada me deixou esquisita. Deve ser um novo dia chegando, ou o tempo em demasia sem fechar os olhos. Pode ser. Só sei que há poucas coisas tão belas, e boas de se aproveitar sozinha na vida. E eu ainda posso me considerar sortuda, hoje eu vi borboletas. Elas vivem desaparecendo quando vou olhar pela segunda vez... incrível. Deve ser o sono. O sono...
Mas isso hoje, só depois que o sol se pôr.
De forma bela, e natural.
Acho que a madrugada me deixou esquisita. Deve ser um novo dia chegando, ou o tempo em demasia sem fechar os olhos. Pode ser. Só sei que há poucas coisas tão belas, e boas de se aproveitar sozinha na vida. E eu ainda posso me considerar sortuda, hoje eu vi borboletas. Elas vivem desaparecendo quando vou olhar pela segunda vez... incrível. Deve ser o sono. O sono...
Mas isso hoje, só depois que o sol se pôr.
De forma bela, e natural.
1 de fevereiro de 2010
Ventando
Já que eu ando (há anos) tetiando na idéia de fazer uma tatuagem de vento no meu corpo, resolvi ir um pouquinho mais a fundo e ver mais além do que VENTO significa pra mim (apesar do que significa pra mim ser obviamente mais importante, mas vai que eu vou tatuar alguma coisa que significa algo.. seilá. mente perversa. fica quieta). Vento pra mim = Liberdade, transição. Costumo tentar me convencer de uma verdade óbvia: A única coisa permanente na vida, são as mudanças. Fácil, é verdade. E o vento é algo que é capaz de provocar todas elas. A única coisa que consegue estar em todo lugar. Que leva a todos os lugares. Que está entre a terra/mar e o céu. Capaz de mudanças repentinas. Pode ser a brisa maravilhosa em um final de tarde quente, ou o furação que destrói tudo que vê pela frente. Tratar com respeito. Liberdade. Faz cócegas ao mesmo tempo que provoca arrepios.
"O vento pode ser considerado como o ar em movimento. Resulta do deslocamento de massas de ar, derivado dos efeitos das diferenças de pressão atmosférica entre duas regiões distintas e é influenciado por efeitos locais como a orografia e a rugosidade do solo."
Em movimento. Deslocamento. Diferenças de pressão. Efeito local. Rugosidade do solo hohoho. Toma cuidado onde tá pisando. Toma cuidando que meu pé (assim como o de vocês) tá que é um leque, só esperando a brisa certa tocar nessa praia.
"O ar é o vento, a força de ligação. É a presença. Infinita na união entre o Céu e a Terra. O caminho do vento é a força de alteração e mudança presente na Natureza. Nos primórdios da humanidade, era o vento, e o ar e, não, a água que purificava. O Feng Shui usa objetos que se movem, como sino dos ventos e móbiles para ativar o vento (ar) em determinados lugares da nossa casa. Onde se faz necessário movimentar a energia ou redirecioná-la. Estes são alguns dos motivos que o ar não faz parte dos elementos presentes na formação do homem".
Deveria fazer parte. Acho que depois de ter achado isso eu não preciso explicar mais nada.
Fonte: Google. É pra isso que ele serve.
"O vento pode ser considerado como o ar em movimento. Resulta do deslocamento de massas de ar, derivado dos efeitos das diferenças de pressão atmosférica entre duas regiões distintas e é influenciado por efeitos locais como a orografia e a rugosidade do solo."
Em movimento. Deslocamento. Diferenças de pressão. Efeito local. Rugosidade do solo hohoho. Toma cuidado onde tá pisando. Toma cuidando que meu pé (assim como o de vocês) tá que é um leque, só esperando a brisa certa tocar nessa praia.
"O ar é o vento, a força de ligação. É a presença. Infinita na união entre o Céu e a Terra. O caminho do vento é a força de alteração e mudança presente na Natureza. Nos primórdios da humanidade, era o vento, e o ar e, não, a água que purificava. O Feng Shui usa objetos que se movem, como sino dos ventos e móbiles para ativar o vento (ar) em determinados lugares da nossa casa. Onde se faz necessário movimentar a energia ou redirecioná-la. Estes são alguns dos motivos que o ar não faz parte dos elementos presentes na formação do homem".
Deveria fazer parte. Acho que depois de ter achado isso eu não preciso explicar mais nada.
Fonte: Google. É pra isso que ele serve.
Borboletas
Elas sempre acabam aparecendo. Nos últimos dias de forma constante e curiosa, porque sempre parece que quando eu vou olhar de novo elas não estão mais lá. Tiveram algumas vezes que eu achei ter visto a mesma - DÃ, BORBOLETAS SÃO TODAS IGUAIS - DÃ VOCÊS É QUE SÃO UNS IDIOTAS E NÃO ENTENDEM. Hello, eu sei o que eu vi ok. Qualquer um que conteste isso é maluco, se vocês não a entendem, não me digam que sabem reconhecê-las.
Voando, voando, livre pra voar... Sempre lindas. Espalhando sorrisos aonde quer que elas vão! (tirando aquelas crianças pseudo-ditadoras que adoram esmagar a minoria) Sempre borboletiando, a girar, a girar... Uf. As vezes até me esqueço que não sou que estou voando.
Teve um dia há tempos, que borboletas foram pseudo-responsáveis por grandes mudanças que eu acabei ocasionando na minha vida. Decisões, sorrisos, disposição, vontade, e maturidade pra encarar. Liberdade. Tudo isso porque um belo dia, borboletas vieram me desejar bom dia e depois vieram me receber em quantidade no momento em que cheguei no portão de casa. Um início de primavera, cheio de flores, voaram entre a árvore e o portão como se me convidassem a entrar. Entrei.
Voando, voando, livre pra voar... Sempre lindas. Espalhando sorrisos aonde quer que elas vão! (tirando aquelas crianças pseudo-ditadoras que adoram esmagar a minoria) Sempre borboletiando, a girar, a girar... Uf. As vezes até me esqueço que não sou que estou voando.
Teve um dia há tempos, que borboletas foram pseudo-responsáveis por grandes mudanças que eu acabei ocasionando na minha vida. Decisões, sorrisos, disposição, vontade, e maturidade pra encarar. Liberdade. Tudo isso porque um belo dia, borboletas vieram me desejar bom dia e depois vieram me receber em quantidade no momento em que cheguei no portão de casa. Um início de primavera, cheio de flores, voaram entre a árvore e o portão como se me convidassem a entrar. Entrei.
Girando...
Ih... Tanta coisa pra dizer e tão pouco tempo, são tantas as palavras e tanto eu ando procurando um jeito de me expressar. Vai entender? A vida é um troço muito louco, e no meio do redemoinho eu sempre me lembro das palavras de Jorge Bem...
E a gente no meio da rua do mundo,
No meio da chuva...
A girar... que maravilha!
E a gente no meio da rua do mundo,
No meio da chuva...
A girar... que maravilha!
23 de janeiro de 2010
Sallon
O que vocês acham de um novo tipo de salão para as próximas gerações? Um novo tipo de pedido, de corte. Vamos pedir pra pintar de cores diferentes, repicar, deixar mais volumoso, ou fazer uma progressiva. Mudar os cílios, a cor dos olhos, e as maçãs do rosto. Esquecer aquele rubor que você acha que tanto atrapalha os momentos mais sinceros. Deixar o rosto mais suave, ou mais quente quanto passa das 11h e para os enlouquecer com um breve - mas instigante - olhar.
O novo modelo de salão é o seguinte: Pra quê aquele ciúmes dele de cantinho, que ele tanto se irrita e faz até as vezes ele querer largar fora, só por causa de minhocas na cabeça? Vamos cortar, e dar mais volume ao ego que ele tanto preza estar sempre acima de qualquer coisa. Segurança. Vamos deixar de lado aquela história de pintar histórias em cima de coisas inexistentes, ele está com você não está? Será que hoje eu posso ir no salão e pedir pra ter mais paciência? Mas não demais, pra ele não abusar da minha boa vontade. E também pra ele se ligar que oi, ele não é o único homem da face da terra. É pra valorizar a bonitinha aqui, que hoje em dia tá cada vez mais difícil. Mas seguinte: Nessa sexta é aniversário da mãe dele, eu quero estar parecendo um anjo, o tipo de nora que toda sogra gostaria de ter, meiga, simpatica, inteligente, independente, daquelas que não tem como resistir. E faz o corte bem curto por favor, não tô afim de sinceridade absoluta hoje, imagina só se ela me pergunta sobre o cabelo. E se ela for uma megera? Repica pra eu ter muita paciência para com os de inteligencia não tão realista quando se fala do filhinho da mamãe. O pior que eu adoro o canalha.
Vamos cortar aqueles defeitos de personalidade catastróficos para qualquer relacionamento. Ele não gosta do meu humor assim, já to indo lá ajeitar, prefere longo ou curto? Pra não ter incomodações. E eu vou marcar horário pra ele mudar o quanto ele trabalha e me deixa de lado nas últimas semanas. Eliminando, eliminando, eliminando...
Por eliminarmos tanto, acabamos eliminando a nós mesmos e tudo o que nos diferencia de máquinas, frias e programáveis. Como saber até que ponto vai a compreensão, consideração e respeito nesses termos? É preciso analisar e tentar se botar no lugar do outro. No bem bom - e fácil - todo mundo fica. Aliás, qualquer um fica, desde que se agrade. Programe, e funcione conforme diz na embalagem. Não há surpresas, não há humanidade no cardápio, tudo ou nada. E nos momentos em que a facilidade, tranquilidade e disposição vão pro espaço e o que fica são os defeitos que a gente tem que saber lidar e respeitar. Vai que dá pane?
Canso de escutar gente desejando que o outro seja diferente, a gente não aceita algumas coisas neles e sente a necessidade de arranjar um jeito para mudar. A maior mudança (e a única nesse aspecto) que a gente pode fazer é o que nós vamos absorver depois que a imagem passa pela retina. Qual o sentido que vamos dar a ela? Canalizar em algo positivo por favor.
Tranforme preocupação em uma forma de confiança, transforme intolerância em conhecimento, desconfiança em confiança, vontade de estar junto em carinho, sinceridade em crescimento, mãos estendidas em caminhos de mãos-dadas, sexo em amor! Transforme tudo. Vai transformar você.
Ao invés de programar... porque seilá. Vai que dá pane?
O novo modelo de salão é o seguinte: Pra quê aquele ciúmes dele de cantinho, que ele tanto se irrita e faz até as vezes ele querer largar fora, só por causa de minhocas na cabeça? Vamos cortar, e dar mais volume ao ego que ele tanto preza estar sempre acima de qualquer coisa. Segurança. Vamos deixar de lado aquela história de pintar histórias em cima de coisas inexistentes, ele está com você não está? Será que hoje eu posso ir no salão e pedir pra ter mais paciência? Mas não demais, pra ele não abusar da minha boa vontade. E também pra ele se ligar que oi, ele não é o único homem da face da terra. É pra valorizar a bonitinha aqui, que hoje em dia tá cada vez mais difícil. Mas seguinte: Nessa sexta é aniversário da mãe dele, eu quero estar parecendo um anjo, o tipo de nora que toda sogra gostaria de ter, meiga, simpatica, inteligente, independente, daquelas que não tem como resistir. E faz o corte bem curto por favor, não tô afim de sinceridade absoluta hoje, imagina só se ela me pergunta sobre o cabelo. E se ela for uma megera? Repica pra eu ter muita paciência para com os de inteligencia não tão realista quando se fala do filhinho da mamãe. O pior que eu adoro o canalha.
Vamos cortar aqueles defeitos de personalidade catastróficos para qualquer relacionamento. Ele não gosta do meu humor assim, já to indo lá ajeitar, prefere longo ou curto? Pra não ter incomodações. E eu vou marcar horário pra ele mudar o quanto ele trabalha e me deixa de lado nas últimas semanas. Eliminando, eliminando, eliminando...
Por eliminarmos tanto, acabamos eliminando a nós mesmos e tudo o que nos diferencia de máquinas, frias e programáveis. Como saber até que ponto vai a compreensão, consideração e respeito nesses termos? É preciso analisar e tentar se botar no lugar do outro. No bem bom - e fácil - todo mundo fica. Aliás, qualquer um fica, desde que se agrade. Programe, e funcione conforme diz na embalagem. Não há surpresas, não há humanidade no cardápio, tudo ou nada. E nos momentos em que a facilidade, tranquilidade e disposição vão pro espaço e o que fica são os defeitos que a gente tem que saber lidar e respeitar. Vai que dá pane?
Canso de escutar gente desejando que o outro seja diferente, a gente não aceita algumas coisas neles e sente a necessidade de arranjar um jeito para mudar. A maior mudança (e a única nesse aspecto) que a gente pode fazer é o que nós vamos absorver depois que a imagem passa pela retina. Qual o sentido que vamos dar a ela? Canalizar em algo positivo por favor.
Tranforme preocupação em uma forma de confiança, transforme intolerância em conhecimento, desconfiança em confiança, vontade de estar junto em carinho, sinceridade em crescimento, mãos estendidas em caminhos de mãos-dadas, sexo em amor! Transforme tudo. Vai transformar você.
Ao invés de programar... porque seilá. Vai que dá pane?
20 de janeiro de 2010
Concretíssimo
Assim como o dia, todos os relacionamentos (sejam amorosos, ou simplesmente afetos) tem um nascer. Um nascer do sol. Ao decorrer do dia - e do tempo - tem o seu pico e as vezes ao chegar o entardecer de um dia de verão só podemos deixar o sol se pôr e ir embora. Às vezes quase esqueço que nós é que giramos, o sol é aquele que está sempre lá no mesmo lugar.
Ao longo do dia a gente pesa. A cara de sono, o mal-humor, o carinho e o gesto do café da manhã. Pesamos a companhia, sentada, de pé e de cabeça pra baixo. Ao lado. Sentimos tocando fundo quando deitamos para dormir - é crucial - a segurança e o carinho transmitidos na hora de fechar os olhos, de se deixar um tanto quanto mais vulnerável. Afinal o amor também é guardião do sono alheio, guarda e protege o encanto como ninguém. Mas é só um teste, a cesta de uma tarde quente que apaixona-se pela brisa no final de alguns dias.
Pesamos o companheirismo, a sinceridade sem igual e a ajuda na hora de trazer as compras. Pesamos a olhadela discreta para aquela menina - aquela, você sabe - a morena mais bonita da praia. Pesamos o parar na frente dela - e de todos - segurando na sua mão bem firme, o olhar apaixonado e as palavras que o coração sorrateiro sussura quase sem perceber "..." Ok, e depois disso disso o que vem parece em demasiado superficial para ser considerado "a se pesar..." na hora de decidirmos se já é hora de vermos o pôr-do-sol.
Às vezes o entardeccer vem ao natural como um velho amigo que se aconchega no peito, traz paz e tranquilidade ao aconselhado. Por vezes paramos os relógios afim de alongar os minutos e horas antes do anoitecer de fato, só pra poder sentir mais um pouquinho, até a réstia do sentimento. Difícil é ver o pôr-do-sol dentre erros humanos, meus e não tão meus assim. Difícil é não aceitar ver o sol se pôr, e poder entender que tudo tem um fim.
Na beira da praia, coração em alto-mar mas o pés bem fincados neste chão. Chão precioso. Saí pra caminhar só pra sentir as pernas e cada veia pulsar. Lembrar que ainda é um pé na frente do outro e alguns km de caminhada até o limite na fronteira. Quando paro, coloco as pernas pro ar, para ele ser a única coisa a 'tocar' nelas, fecho os olhos e tenho a certeza de que eu fiz o melhor que eu pude até onde pude!
Beira da praia¹: Pensamentos após uma das noites mais estreladas - e lindas - que eu já tive. Se não permitem te ver o pôr-do-sol, quer um conselho? Tenha uma noite estrelada. Fechando os olhos depois, posso claramente ver as estrelas.
Beira da praia²: Pensamentos que a poluição - tanto literalmente quanto figuradamente - não nos deixa ver, expansão de sentimento, é isso aí!
Beira da praia³: E toda essa sequência de pensamentos porque acabei virando a noite e vi amanhecer um lindo dia pensando em ti. Pôr-do-sol.
Ao longo do dia a gente pesa. A cara de sono, o mal-humor, o carinho e o gesto do café da manhã. Pesamos a companhia, sentada, de pé e de cabeça pra baixo. Ao lado. Sentimos tocando fundo quando deitamos para dormir - é crucial - a segurança e o carinho transmitidos na hora de fechar os olhos, de se deixar um tanto quanto mais vulnerável. Afinal o amor também é guardião do sono alheio, guarda e protege o encanto como ninguém. Mas é só um teste, a cesta de uma tarde quente que apaixona-se pela brisa no final de alguns dias.
Pesamos o companheirismo, a sinceridade sem igual e a ajuda na hora de trazer as compras. Pesamos a olhadela discreta para aquela menina - aquela, você sabe - a morena mais bonita da praia. Pesamos o parar na frente dela - e de todos - segurando na sua mão bem firme, o olhar apaixonado e as palavras que o coração sorrateiro sussura quase sem perceber "..." Ok, e depois disso disso o que vem parece em demasiado superficial para ser considerado "a se pesar..." na hora de decidirmos se já é hora de vermos o pôr-do-sol.
Às vezes o entardeccer vem ao natural como um velho amigo que se aconchega no peito, traz paz e tranquilidade ao aconselhado. Por vezes paramos os relógios afim de alongar os minutos e horas antes do anoitecer de fato, só pra poder sentir mais um pouquinho, até a réstia do sentimento. Difícil é ver o pôr-do-sol dentre erros humanos, meus e não tão meus assim. Difícil é não aceitar ver o sol se pôr, e poder entender que tudo tem um fim.
Na beira da praia, coração em alto-mar mas o pés bem fincados neste chão. Chão precioso. Saí pra caminhar só pra sentir as pernas e cada veia pulsar. Lembrar que ainda é um pé na frente do outro e alguns km de caminhada até o limite na fronteira. Quando paro, coloco as pernas pro ar, para ele ser a única coisa a 'tocar' nelas, fecho os olhos e tenho a certeza de que eu fiz o melhor que eu pude até onde pude!
Beira da praia¹: Pensamentos após uma das noites mais estreladas - e lindas - que eu já tive. Se não permitem te ver o pôr-do-sol, quer um conselho? Tenha uma noite estrelada. Fechando os olhos depois, posso claramente ver as estrelas.
Beira da praia²: Pensamentos que a poluição - tanto literalmente quanto figuradamente - não nos deixa ver, expansão de sentimento, é isso aí!
Beira da praia³: E toda essa sequência de pensamentos porque acabei virando a noite e vi amanhecer um lindo dia pensando em ti. Pôr-do-sol.
8 de janeiro de 2010
Tecnicamente
Que horas são? Deve ser perto da uma e meia. Meus olhos estão cansados, mas ainda não estão pesados daquele jeito que nos faz fechar todas as janelas, primeiro as do computador depois as da alma, que são - por fim - meus olhos. Tecnicamente hoje ainda é dia 7 pra mim, o dia só se encerra quando eu me preparo para o ritual sagrado de deitar minha cabeça em um lugar minimamente agarrável e confortável e me dar ao luxo de adormecer tranquilamente. Isso já me foi uma coisa tão negada por fatores desconhecidos do meu relógio biológico que é uma benção... melhor não lembrar, não lembrar. A história de só terminar o dia quando se dorme se torna um pouco difícil quando fazemos aquelas indiadas de virar noites e dias seguintes inteiros podres de cansaço, que acontecem principalmente nessa época de vapores quentes, mas não vem ao caso, não vem ao caso.
Dormir é um momento sagrado do dia, a gente precisa dar aquela relaxada antes de dormir, meu fisio até me receitou um ótimo jeito de relaxar cada parte do corpo e sentir sono, contraia parte por parte do seu corpo primeiramente nas extremidades e depois para o interior do corpo em direção ao coração. No fim do processo, a sonolência vai estar tomando conta. Se não a gente dorme tenso, acorda tenso, e nem sente aquele relaxamento reconfortante que é fundamental logo ao acordar "AHHHHH" e nos espreguiçamos sentindo o corpo preguiçoso de tão bem que ficou. Dormir é uma coisa bem pessoal, dizem. Especialistas em leitura corporal e outras coisas dizem que o jeito que a pessoa dorme diz muito sobre ela. Seilá, não sei se eu acredito muito nisso. Eu durmo de formas muito diferentes durante o ano, e depende muito também do meu estado emocional durante as horas sagradas. Medrosa, amendrontada, surpresa, orgulhosa, com medo, receosa, nervosa? Durmo pra algum lado, encolhida, como uma concha. Relaxada, tranquila, livre? Combina com o verão pra mim. Durmo esparramada, agarrada no travesseiro confortávelmente.
Uma garrafinha de água. Não durmo sem água perto de mim. Podem rir, mas se eu não tiver antes eu acordo no meio da noite com sede. Ás vezes até aguento uma noite sem (principalmente por que eu não estou sempre em casa) mas nunca duas. Preciso desse conforto, dessa segurança, e nem perguntem porque, eu não faço a menor idéia. Melhor ainda se tiver um abajur por perto, ler ler ler. Desde pequena executo este pequeno ritual antes de dormir... Tomo um bom banho, escovo os dentes, dou beijo em quem estiver por perto (inclusive nas amigas, que se estiverem presentes, cubro-as) desejo a todos uma boa noite. Vou na cozinha, pego um copo bem cheio d'agua ou uma garrafinha (santas garrafinhas reaproveitáveis!). Chego no quarto pego o livro do momento, ou vou na estante e seleciono uns quantos para minha diversão de categorização por qualidade. Os melhores ficam no topo da pilha e a medida que desce a qualidade também baixa. Abro o livro e o leio até minha mente não analisar mais as letrinhas misturadas à minha frente, normalmente o ritual ultrapassa um tanto da meia noite, se quando deito vejo os ponteiros razoálvelmente mais cedo.
E hoje, depois de muito tempo - muito tempo mesmo - eu tive sonhos, dos quais eu me lembrei depois que me acordei e durante todo o dia. Sem o menor sentido pra mim, mas fazia tanto tempo que não me recordava do que a minha mente cansa de fabricar na minha ausência! Chegava as vezes até a me perguntar se o nome do que eu fazia era dormir, tanto era a minha certeza de que eu simplesmente piscava no momento em que eu deitava preocupada pra dormir, e em instantes via o celular apitando em algum lugar do quarto (provavelmente debaixo da minha pilha de roupas, dentro de alguma bolsa). Bom sinal.
Tecnicamente o dia não terminou, e que dia. Cansaço, confusão, alegria!
E por fim, um sono que me espera do qual eu não pretendo (definitivamente) fugir.
Vou pra cidreira amanhã, não sei quanto tempo vou ficar fora, então até mais. Espero que gostem, e aproveitem essa estadia confortável de abstinência da insanidade de verão de uma loira que anda por aí... Boa noite!
Dormir é um momento sagrado do dia, a gente precisa dar aquela relaxada antes de dormir, meu fisio até me receitou um ótimo jeito de relaxar cada parte do corpo e sentir sono, contraia parte por parte do seu corpo primeiramente nas extremidades e depois para o interior do corpo em direção ao coração. No fim do processo, a sonolência vai estar tomando conta. Se não a gente dorme tenso, acorda tenso, e nem sente aquele relaxamento reconfortante que é fundamental logo ao acordar "AHHHHH" e nos espreguiçamos sentindo o corpo preguiçoso de tão bem que ficou. Dormir é uma coisa bem pessoal, dizem. Especialistas em leitura corporal e outras coisas dizem que o jeito que a pessoa dorme diz muito sobre ela. Seilá, não sei se eu acredito muito nisso. Eu durmo de formas muito diferentes durante o ano, e depende muito também do meu estado emocional durante as horas sagradas. Medrosa, amendrontada, surpresa, orgulhosa, com medo, receosa, nervosa? Durmo pra algum lado, encolhida, como uma concha. Relaxada, tranquila, livre? Combina com o verão pra mim. Durmo esparramada, agarrada no travesseiro confortávelmente.
Uma garrafinha de água. Não durmo sem água perto de mim. Podem rir, mas se eu não tiver antes eu acordo no meio da noite com sede. Ás vezes até aguento uma noite sem (principalmente por que eu não estou sempre em casa) mas nunca duas. Preciso desse conforto, dessa segurança, e nem perguntem porque, eu não faço a menor idéia. Melhor ainda se tiver um abajur por perto, ler ler ler. Desde pequena executo este pequeno ritual antes de dormir... Tomo um bom banho, escovo os dentes, dou beijo em quem estiver por perto (inclusive nas amigas, que se estiverem presentes, cubro-as) desejo a todos uma boa noite. Vou na cozinha, pego um copo bem cheio d'agua ou uma garrafinha (santas garrafinhas reaproveitáveis!). Chego no quarto pego o livro do momento, ou vou na estante e seleciono uns quantos para minha diversão de categorização por qualidade. Os melhores ficam no topo da pilha e a medida que desce a qualidade também baixa. Abro o livro e o leio até minha mente não analisar mais as letrinhas misturadas à minha frente, normalmente o ritual ultrapassa um tanto da meia noite, se quando deito vejo os ponteiros razoálvelmente mais cedo.
E hoje, depois de muito tempo - muito tempo mesmo - eu tive sonhos, dos quais eu me lembrei depois que me acordei e durante todo o dia. Sem o menor sentido pra mim, mas fazia tanto tempo que não me recordava do que a minha mente cansa de fabricar na minha ausência! Chegava as vezes até a me perguntar se o nome do que eu fazia era dormir, tanto era a minha certeza de que eu simplesmente piscava no momento em que eu deitava preocupada pra dormir, e em instantes via o celular apitando em algum lugar do quarto (provavelmente debaixo da minha pilha de roupas, dentro de alguma bolsa). Bom sinal.
Tecnicamente o dia não terminou, e que dia. Cansaço, confusão, alegria!
E por fim, um sono que me espera do qual eu não pretendo (definitivamente) fugir.
Vou pra cidreira amanhã, não sei quanto tempo vou ficar fora, então até mais. Espero que gostem, e aproveitem essa estadia confortável de abstinência da insanidade de verão de uma loira que anda por aí... Boa noite!
7 de janeiro de 2010
Gente da gente.
Como é bom. Conhecer pessoas, e principalmente quando elas não se limitam a ser simplesmente isso, quando elas são gente. Gente da gente, que nem a gente. Aquele tipo de pessoa que irradia comunicação, expontaniedade. Que deixa naquele êxtase de estar em sua presença, a vontade pra sorrir só porque a outra pessoa está sendo legal, e ainda por cima, sem fingir nada. Naturalidade, alegria! Comecei a pensar nisso hoje, quando o técnico veio aqui em casa. Sim, o técnico do meu amado computador que pifou faz pouco mais de duas semanas (e enquanto isso eu vou usando o note da mãe que não é nem de longe o suficiente pra suprir minhas necessidades arquivolísticas), e retornou à casa hoje como um doente que terá que ser devidamente e merecidamente cuidado (afinal, não é pra qualquer um sobreviver com 3MB de memória. 3MB são duas músicas. gente, são duas músicas).
Eu juro que não sou apaixonada por ele, ele é simplesmente o tipo de pessoa que eu adoro estar junto. Dá uma felicidade. O assunto flui de computador, pra livros, festa, vida, ano novo, novos modelos de celular. É absolutamente incrível. Não tem como querer desgrudar. Sabe quando a gente conhece alguém - um dia- por acaso em um bar? (ou seilá o lugar que vocês frequentam?) Em um parque? E a gente não para de falar, e as vezes quando a gente pausa pra respirar a gente tenta se concentrar porque é tanta coisa pra dizer, e tanto conforto que a gente até se perde?
Tão bom, estar perto de GENTE. Sem essa de copo vazio, queijo sem goiabada. Eu adoro gente, e é por isso eu amo tanto a comunicação, o contato, a respiração. Pessoas são as únicas coisas que sempre tem como nos surpreender. Como nos completar, descompletar e acrescentar. É um jeitinho da gente mostrar pra gente mesmo o que a gente pode ser de melhor, se abrir pra conversar, parar de filtrar, parar de se envergonhar de pensar por conta própria. O tipo de pessoa que te deixa a vontade, e te dá vontade de ter toda aquela cota absurda de conhecimento que a gente vê em bibliotecas (eu adoro bibliotecas), e em pessoas especias. Aquilo tudo só pra ter alguns minutos a mais e aproveitar antes que a porta se feche e ele vá embora.
Tipo meu vô. Como eu gostaria de ter todo aquele crânio disponível pra minha egoistíssima observação, o intelecto dele é algo definitivamente invejável. Ele não é seilá, a pessoa mais fácil do mundo, como todo mundo que tá bem pertinho. Mas é um dos caras que eu mais admiro, adoro e não trocaria por nada deste mundo. Só de estar na presença dele, ele me deixa feliz, seilá, é uma luz interior, um rosto, uma bondade misturada com uma boa-vontade de viver acima de todos os problemas que me impressiona. Ele fez minha família (completamente maluca, de fato, mas minha e eu sou uma das criaturas mais orgulhosas disso da face da terra) do jeitinho que ela é, e o fez muito bem.
Tem pessoas (tipo vô) que não são tão falantes, e tem gente que simplesmente tu poderia conhecer a anos e a forma como conversa não poderia ser - em nada - diferente (tipo o técnico). Mas todas elas tem uma coisa que eu admiro de uma forma inatingível: Simpatia, simplicidade, expontaniedade, tudo a vontade. Aquele brilhozinho que faz a gente ver a alma brilhar como a harmonia de uma orquestra ou o céu, logo que o dia está clareando. Reconfortante saber que não estamos sozinhos nesse mundo e que ainda existe gente o suficiente 'gente' pra essa gente ser feliz com a gente.
Eu juro que não sou apaixonada por ele, ele é simplesmente o tipo de pessoa que eu adoro estar junto. Dá uma felicidade. O assunto flui de computador, pra livros, festa, vida, ano novo, novos modelos de celular. É absolutamente incrível. Não tem como querer desgrudar. Sabe quando a gente conhece alguém - um dia- por acaso em um bar? (ou seilá o lugar que vocês frequentam?) Em um parque? E a gente não para de falar, e as vezes quando a gente pausa pra respirar a gente tenta se concentrar porque é tanta coisa pra dizer, e tanto conforto que a gente até se perde?
Tão bom, estar perto de GENTE. Sem essa de copo vazio, queijo sem goiabada. Eu adoro gente, e é por isso eu amo tanto a comunicação, o contato, a respiração. Pessoas são as únicas coisas que sempre tem como nos surpreender. Como nos completar, descompletar e acrescentar. É um jeitinho da gente mostrar pra gente mesmo o que a gente pode ser de melhor, se abrir pra conversar, parar de filtrar, parar de se envergonhar de pensar por conta própria. O tipo de pessoa que te deixa a vontade, e te dá vontade de ter toda aquela cota absurda de conhecimento que a gente vê em bibliotecas (eu adoro bibliotecas), e em pessoas especias. Aquilo tudo só pra ter alguns minutos a mais e aproveitar antes que a porta se feche e ele vá embora.
Tipo meu vô. Como eu gostaria de ter todo aquele crânio disponível pra minha egoistíssima observação, o intelecto dele é algo definitivamente invejável. Ele não é seilá, a pessoa mais fácil do mundo, como todo mundo que tá bem pertinho. Mas é um dos caras que eu mais admiro, adoro e não trocaria por nada deste mundo. Só de estar na presença dele, ele me deixa feliz, seilá, é uma luz interior, um rosto, uma bondade misturada com uma boa-vontade de viver acima de todos os problemas que me impressiona. Ele fez minha família (completamente maluca, de fato, mas minha e eu sou uma das criaturas mais orgulhosas disso da face da terra) do jeitinho que ela é, e o fez muito bem.
Tem pessoas (tipo vô) que não são tão falantes, e tem gente que simplesmente tu poderia conhecer a anos e a forma como conversa não poderia ser - em nada - diferente (tipo o técnico). Mas todas elas tem uma coisa que eu admiro de uma forma inatingível: Simpatia, simplicidade, expontaniedade, tudo a vontade. Aquele brilhozinho que faz a gente ver a alma brilhar como a harmonia de uma orquestra ou o céu, logo que o dia está clareando. Reconfortante saber que não estamos sozinhos nesse mundo e que ainda existe gente o suficiente 'gente' pra essa gente ser feliz com a gente.
No seu quadrado
é impressionante ver, sentir como as pessoas quando estão apaixonadas veêm e sentem. é outra dimensão, é outro carinho, é outro afago.
pessoas apaixonadas veêm as coisas com outros olhos, pessoas apaixonadas sentem ao seu redor como se levitassem maior parte do tempo e sorriem como aqueles que dizem que as palavras existentes ainda não são o suficiente e fazem isso pra tentar achar alguma coisa que não pode ser explicada.
tudo bem, gente apaixonada é idiota. vê coisas que brilham em lugares negros, fundos, que mais parecem abismos. mas são felizes assim, e não só. vivem com alguém feliz assim.
eu vivo feliz na minha bolha, tem gente que gosta de viver na sua assim..
é como dizem... cada um no seu quadrado. (!)
pessoas apaixonadas veêm as coisas com outros olhos, pessoas apaixonadas sentem ao seu redor como se levitassem maior parte do tempo e sorriem como aqueles que dizem que as palavras existentes ainda não são o suficiente e fazem isso pra tentar achar alguma coisa que não pode ser explicada.
tudo bem, gente apaixonada é idiota. vê coisas que brilham em lugares negros, fundos, que mais parecem abismos. mas são felizes assim, e não só. vivem com alguém feliz assim.
eu vivo feliz na minha bolha, tem gente que gosta de viver na sua assim..
é como dizem... cada um no seu quadrado. (!)
6 de janeiro de 2010
O Sentido da vida.
O Sentido da Vida (Martha Medeiros)
Não é nenhuma novidade que dinheiro, viagens, status, beleza e outras coisinhas mundanas são sonhos de consumo de muita gente, mas não dão sentido à vida de ninguém. A única coisa que justifica nossa existência são as relações que a gente constrói. Só os afetos é que compensam a gente percorrer uma vida inteira sem saber de onde viemos e para onde vamos. Diante da pergunta enigmática - por que estamos aqui? - só nos consola uma resposta: para dar e receber abraços, apoio, cumplicidade, para nos reconhecermos um no outro, para repartir nossas angústias, sonhos, delírios. Para amar, resumindo.
Piegas? Depende de como essa história é contada. Se for através de um filme inteligente, sarcástico, tragicômico como Invasões Bárbaras, o piegas passa à condição de arte. O filme é uma espécie de continuação de O Declínio do Império Americano. Naquele, um grupo de amigos se encontrava numa casa à beira de um lago e discutia sobre vida, morte, sexo, política, filosofia. Em Invasões Bárbaras, estes mesmos amigos, quase 20 anos depois, se reencontram por causa da doença de um deles, que está com os dias contados. Descobrem que muitos dos seus ideais não vingaram, que muita coisa não saiu como o planejado, só o que sobrou mesmo foi a amizade entre eles. E a gente se pergunta: há algo mais nesta vida pra sobrar? Quando chegar a nossa hora, o que realmente terá valido a pena? Os rostos, risadas, mulheres, decotes, pernas, beijos, confidências e olhares que nos fizeram felizes por variados instantes de sexo, que não preenchiam o vazio da alma.
Mas, Pais e filhos, maridos e esposas, amigos: são eles que sustentam a nossa aparente normalidade, são eles que estimulam a nossa funcionalidade social. Se não for por eles, se não houver um passado e um presente para com eles compartilhar, com que identidade continuaremos em frente, que história teremos para carregar, quem testemunhará que aqui estivemos? Só quem nos conhece a fundo pode compreender o que nos revira por dentro, qual foi o trajeto percorrido para chegarmos neste exato ponto em que estamos, neste estágio de assombro ou alegria ou desespero ou seja lá em que pé estão as coisas pra você. Se não nos decifraram, se não permitimos que aplicassem um raio x na gente, então não existimos, o sentido da vida foi nenhum.
Todas as pessoas querem deixar alguns vestígios para a posteridade. Deixar alguma marca. É a velha história do livro, do filho e da árvore, o trio que supostamente nos imortaliza. Filhos somem no mundo, árvores são cortadas, livros mofam em sebos. A única coisa que nos imortaliza - mesmo - é a memória daqueles que nos amaram e foram fiéis.
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Não é nenhuma novidade que dinheiro, viagens, status, beleza e outras coisinhas mundanas são sonhos de consumo de muita gente, mas não dão sentido à vida de ninguém. A única coisa que justifica nossa existência são as relações que a gente constrói. Só os afetos é que compensam a gente percorrer uma vida inteira sem saber de onde viemos e para onde vamos. Diante da pergunta enigmática - por que estamos aqui? - só nos consola uma resposta: para dar e receber abraços, apoio, cumplicidade, para nos reconhecermos um no outro, para repartir nossas angústias, sonhos, delírios. Para amar, resumindo.
Piegas? Depende de como essa história é contada. Se for através de um filme inteligente, sarcástico, tragicômico como Invasões Bárbaras, o piegas passa à condição de arte. O filme é uma espécie de continuação de O Declínio do Império Americano. Naquele, um grupo de amigos se encontrava numa casa à beira de um lago e discutia sobre vida, morte, sexo, política, filosofia. Em Invasões Bárbaras, estes mesmos amigos, quase 20 anos depois, se reencontram por causa da doença de um deles, que está com os dias contados. Descobrem que muitos dos seus ideais não vingaram, que muita coisa não saiu como o planejado, só o que sobrou mesmo foi a amizade entre eles. E a gente se pergunta: há algo mais nesta vida pra sobrar? Quando chegar a nossa hora, o que realmente terá valido a pena? Os rostos, risadas, mulheres, decotes, pernas, beijos, confidências e olhares que nos fizeram felizes por variados instantes de sexo, que não preenchiam o vazio da alma.
Mas, Pais e filhos, maridos e esposas, amigos: são eles que sustentam a nossa aparente normalidade, são eles que estimulam a nossa funcionalidade social. Se não for por eles, se não houver um passado e um presente para com eles compartilhar, com que identidade continuaremos em frente, que história teremos para carregar, quem testemunhará que aqui estivemos? Só quem nos conhece a fundo pode compreender o que nos revira por dentro, qual foi o trajeto percorrido para chegarmos neste exato ponto em que estamos, neste estágio de assombro ou alegria ou desespero ou seja lá em que pé estão as coisas pra você. Se não nos decifraram, se não permitimos que aplicassem um raio x na gente, então não existimos, o sentido da vida foi nenhum.
Todas as pessoas querem deixar alguns vestígios para a posteridade. Deixar alguma marca. É a velha história do livro, do filho e da árvore, o trio que supostamente nos imortaliza. Filhos somem no mundo, árvores são cortadas, livros mofam em sebos. A única coisa que nos imortaliza - mesmo - é a memória daqueles que nos amaram e foram fiéis.
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