3 de março de 2010

Einsten

O átomo. Quem diria que a simples genialidade de um ser humano - combinado à curiosidade e determinação óbvia - desencadearia indiretamente o homicídio de milhares de pessoas? (vide as bombas atômicas em hiroxima e nagasaki em 1945, onde morreram aproximadamente 180 mil pessoas). Conhecimento. Uma benção, ou uma arma? Depende de quem o detém. E como escolher os detentores de tamanho poder? Conhecimento? Afinal, é um direito de todos, que deve ser de acesso universal (e nesses momentos a realidade inebria muitos rostos de tristeza, dentre os quais me incluo). Não pelo apego ao conhecimento, mas pelo seu melhor uso. Tudo pela falha na cadeia de ação-reação gerada pela realidade que nos cerca.

O raciocínio começou da seguinte forma: Em uma aula, a seguinte questão foi colocada, tendo como base a Revolução Industrial, surge a dúvida diante do crescimento tecnológico, o impacto ambiental. Valeu a pena? Coloquemos o seguinte. Sem a Revolução Industrial dificilmente o ser humano teria notado de fato o quão prejudicial é sua atitude em relação à natureza. Claro que é possível que através de outros desenvolvimentos naturais - e mais lentos - que o ser humano viesse a notar a destruição evidente, e logo massiva, que ocorreria. Mas logicamente, não foi o que aconteceu. O lançame nto a ser colocado é - apesar de difícil - passível de entendimento. No século XVIII o conhecimento sobre danos permanentes eram obviamente menores, se não insignificantes, visto que nem todo o mundo havia sido "descoberto" ou "explorado". O que cutuca - que é na realidade a pergunta em si - é saber porque ao estudos serem concluídos, margens negativas sobre a sobrevivência da natureza - e do ser humano nela - serem definitivos e já irrefutáveis a não ser para pior, a evidência do super aquecimento global atingir tudo que há de vivo na terra, não foram tomadas atitudes concretas?

A esperança do mundo moderno, nasceu e morreu em Conpenhage, uma das maiores frustrações políticas, sociais e ambientais que o mundo já teve a tristeza de presenciar. A consciência neste caso, aparece como uma coisa m uito bonita! Não faz nada, não move nada, não muda nada. Os maiores produtores dos poluentes que assolam a nossa atmosfera, continuam a produzir, e os maiores queimadores da nossa terra continuam a vendê-la ao capital estrangeiro. Todos sabem que podem sair a pé, e gastar um pouco menos no final do mês, mas se gastarem menos, vão sentir necessidade de trabalhar menos também e assim fazem a roda do capitalismo girar mais lentamente. Há uma necessidade do sistema que o consumo SEJA exagerado, descontrolado, e manipulado por eles, os que detém os meios de produção e controle do Estado. Conpenhage, mais do que nunca é um exemplo do sistema que presenciamos. Dinheiro antes de caráter, luxúria antes de amor, consumo antes de vida e tiros antes de abraços.

"SE O CLIMA FOSSE UM BANCO, ELE TERIA SIDO SALVO!"
Foto da Vereadora pelo PSOL/RS, Fernanda Melchionna, que foi a Conpenhage entregar as 50 propostas do PSOL para um mundo - e meio ambiente - melhor.

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