25 de fevereiro de 2010

Guarde para os dias de chuva.

Café, e belos filmes pra harmonizar um quê que falta no dia. Chegar em casa, botar os pés pra cima e ahhhhhh relaxar toda a inutilidade agradável do que nos cerca... Só pelo prazer de curtir o momento. Aliás, no momento, esperando uma bela lasanha ficar pronta, junto com umas linhas de raciocínio e conclusões errôneamente legais. Elas sempre nos fazem muito bem....

"Na frente está o alvo que se arrisca pela linha
Não é tão diferente do que eu já fui um dia
Se vai ficar, se vai passar, não sei
E num piscar de olhos lembro tanto que falei, deixei, calei
E até me importei mas não tem nada, eu tava mesmo errada
Cada um em seu casulo, em sua direção, vendo de camarote a novela da vida alheia
Sugerindo soluções, discutindo relações
Bem certos que a verdade cabe na palma da mão
Mas isso não é uma questão de opinião
Mas isso não é uma questão de opinião
E isso é só uma questão de opinião..."
(Teto de vidro-Pitty)

18 de fevereiro de 2010

Desistir é o nome do esporte.

"Muito trabalho pra nada. Pra que se incomodar? Deixa pra lá".

Quem já não ouviu pelo menos uma vez isso da boca de alguém? Quem próprio nunca pensou que se movimentar para alcançar algo era incerto demais para valer a pena?

Estamos sempre escolhendo. Desde o momento que acordamos, a forma de levantar, que roupa usar, a cor da roupa que se vai usar, o que comer no café da manhã? Escolhemos o horário de sair de casa, se vamos dar bom dia ou não para aquele moço muito simpático da padaria. E observamos tudo, tudo que se estende pelo redoma que formamos a nossa volta... Sentar na frente da televisão e aceitar o horror que deixamos o "rumo dos acontecimentos" levarem e destruirem tudo por si só. Desistir é o nome do esporte, paramos antes mesmo de tentarmos, e depois não custa lamentar o mal curso natural dos acontecimentos. Eu não podia fazer nada mesmo. Síndrome de vítima.

Sempre parece incerto demais. Jogar nunca é garantia de ganhar, assim como correr não é garantia de chegar a tempo... Porém todos aqueles que já venceram, só o fizeram, porque tentaram. Desistir é o novo lema que nós absorvemos dentro da sociedade, pra quê correr o risco? Aqui está muito confortável mesmo. Esquecemo-nos que poderia ser muito melhor se quisessemos investir na tentativa, o ganho seria inenarrável dentro da mente das pessoas... Um outro mundo É possível!! Mas assim o mundo gira, e tudo permanece no mesmo pé que desce a lomba pra ir cada vez mais fundo, e fundo, e fundo...

Todo dia temos que passar alguém pra trás, desistir começa aí. A gente está sempre disputando, a última blusa da loja, a melhor vaga pra estacionar, quem vai sentar na última cadeira do ônibus? uma vaga de emprego, um lugar na fila, e na vida. Já pensou se desistisse toda vez que se pensa que em uma entrevista há outros candidatos muito mais qualificados que tu? E se todo eles, como tu, também pensassem isso? Não haveria candidatos para a vaga já que todos desistiram de tentar. Desistir é largar de mão as oportunidades e deixar pra lá o que poderia muito bem dar certo, largar de mão a chance da consciência perfeitamente tranqüila antes de dormir, a benção de poder pensar "Eu fiz tudo que eu podia".

Hoje é uma maratona que temos que nos esforçar todo dia pra vencer, a prova é no cansaço, quem vai desistir primeiro? É uma prova de resistência, onde o nome do filme "alguém tem que ceder" é perfeitamente válido. Levar adiante comigo, e repassar a todo instante que luta-se pra construir desse um mundo de desistência, a vitória da classe desistora, não em mundo de abutres lutando pelo mesmo pedaço de carne podre. Resistir siempre, mantener la fuerza y nunca rendirse. La victoria es posible, unidos ganamos, esto!

13 de fevereiro de 2010

ê caminho

Hey. Quanto tempo. Estamos no mês de fevereiro já. Passou tão rápido... e QUÊ calor hein, deusoslivre. Aliás, não livre não, que (perdão) eles merecem. Estamos em fevereiro, mês dos muitos aniversários aqui de casa e do ser espiritualmente perturbado que fala por esse blog. O tempo é uma coisa bem engraçada, passa tão rápido mas os efeitos são tão notáveis. Nossa... de fato. Andei rabiscando algumas coisas por aí, mas tudo bobagem. Esse calor frita o que restou dentro da coisa que separa as orelhas. Essa coisa redonda que as vezes só faz pensar besteira. Acho que eu já vou indo. Terminar de botar umas músicas nas minhas listas e fazer alguma coisa pra mudar o ar quente que tá saindo do ventilador. Se cuidem e tomem muita água, Tchau!

8 de fevereiro de 2010

Dias

Hoje estou feliz, acordei com o pé direito
E vou fazer de novo, vou fazer muito bem feito


Sintonia,
telepatia,
comunicação pelo cortéx
Bum,Bye-Bye.

(Dias de luta, dias de glória - CBJ)

4 de fevereiro de 2010

Depois que o sol se põe

Esse silêncio que a madrugada guarda. É como gotas de uma pia mal-fechada que guarda consigo uma estranha tranquilidade, uma sensação de aconchego, ao mesmo tempo que um vazio. É quase como se ela tivesse por si só, algo a nos dizer. Lembro que há muito tempo atrás deixei durante bastante tempo uma frase em um de meus perfis.. "De madrugada a razão se joga pro sereno". A esta hora do dia - ou da noite - muito do que nos preocupa diariamente desaparece.. ou - é claro - tem a oportunidade de surgir de forma muito mais intensa. Como se fosse mais real. E o silêncio da casa - e do pequeno mundo a nossa volta - é como se nos deixasse ver melhor... Falando em casa, que coisa curiosa. Uma das coisas que mais me agradam durante essa hora, é caminhar por uma casa vazia. É uma paz, um silêncio, um quê de medo pairando no ar. Caminhar pelas peças, reconhecendo nelas cantos inexplorados que te fazem olhar duas vezes pro mesmo lugar só pra ter certeza de que não há ninguém lá, de fato. Sempre tem alguém, mesmo que seja somente a sombra do que fazemos, a sombra do que somos querendo nos avisar que o dia logo logo vai raiar, e é melhor irmos descansar. Coisas que ocupam o nosso pensamento em ritmo constante, até o sentimento sentir que um novo - e belo - dia vai amanhecer. Até nos darmos conta que um novo dia já amanheceu de forma bela, e natural. Natural, aliás, como deveriam ser todas as belas coisas. E bom... O que não se joga ao sereno durante a madrugada? Só gente gripada. O resto, pode empacotar, eu adoro uma boa conversa regada a sereno e alegria. Principalmente neste calor... alguém merece? (E ainda tem gente com coragem de dizer que o aquecimento global não existe, pode?)


Acho que a madrugada me deixou esquisita. Deve ser um novo dia chegando, ou o tempo em demasia sem fechar os olhos. Pode ser. Só sei que há poucas coisas tão belas, e boas de se aproveitar sozinha na vida. E eu ainda posso me considerar sortuda, hoje eu vi borboletas. Elas vivem desaparecendo quando vou olhar pela segunda vez... incrível. Deve ser o sono. O sono...

Mas isso hoje, só depois que o sol se pôr.
De forma bela, e natural.

1 de fevereiro de 2010

Ventando

Já que eu ando (há anos) tetiando na idéia de fazer uma tatuagem de vento no meu corpo, resolvi ir um pouquinho mais a fundo e ver mais além do que VENTO significa pra mim (apesar do que significa pra mim ser obviamente mais importante, mas vai que eu vou tatuar alguma coisa que significa algo.. seilá. mente perversa. fica quieta). Vento pra mim = Liberdade, transição. Costumo tentar me convencer de uma verdade óbvia: A única coisa permanente na vida, são as mudanças. Fácil, é verdade. E o vento é algo que é capaz de provocar todas elas. A única coisa que consegue estar em todo lugar. Que leva a todos os lugares. Que está entre a terra/mar e o céu. Capaz de mudanças repentinas. Pode ser a brisa maravilhosa em um final de tarde quente, ou o furação que destrói tudo que vê pela frente. Tratar com respeito. Liberdade. Faz cócegas ao mesmo tempo que provoca arrepios.

"O vento pode ser considerado como o ar em movimento. Resulta do deslocamento de massas de ar, derivado dos efeitos das diferenças de pressão atmosférica entre duas regiões distintas e é influenciado por efeitos locais como a orografia e a rugosidade do solo."

Em movimento. Deslocamento. Diferenças de pressão. Efeito local. Rugosidade do solo hohoho. Toma cuidado onde tá pisando. Toma cuidando que meu pé (assim como o de vocês) tá que é um leque, só esperando a brisa certa tocar nessa praia.

"O ar é o vento, a força de ligação. É a presença. Infinita na união entre o Céu e a Terra. O caminho do vento é a força de alteração e mudança presente na Natureza. Nos primórdios da humanidade, era o vento, e o ar e, não, a água que purificava. O Feng Shui usa objetos que se movem, como sino dos ventos e móbiles para ativar o vento (ar) em determinados lugares da nossa casa. Onde se faz necessário movimentar a energia ou redirecioná-la. Estes são alguns dos motivos que o ar não faz parte dos elementos presentes na formação do homem".

Deveria fazer parte. Acho que depois de ter achado isso eu não preciso explicar mais nada.

Fonte: Google. É pra isso que ele serve.

Borboletas

Elas sempre acabam aparecendo. Nos últimos dias de forma constante e curiosa, porque sempre parece que quando eu vou olhar de novo elas não estão mais lá. Tiveram algumas vezes que eu achei ter visto a mesma - DÃ, BORBOLETAS SÃO TODAS IGUAIS - DÃ VOCÊS É QUE SÃO UNS IDIOTAS E NÃO ENTENDEM. Hello, eu sei o que eu vi ok. Qualquer um que conteste isso é maluco, se vocês não a entendem, não me digam que sabem reconhecê-las.

Voando, voando, livre pra voar... Sempre lindas. Espalhando sorrisos aonde quer que elas vão! (tirando aquelas crianças pseudo-ditadoras que adoram esmagar a minoria) Sempre borboletiando, a girar, a girar... Uf. As vezes até me esqueço que não sou que estou voando.

Teve um dia há tempos, que borboletas foram pseudo-responsáveis por grandes mudanças que eu acabei ocasionando na minha vida. Decisões, sorrisos, disposição, vontade, e maturidade pra encarar. Liberdade. Tudo isso porque um belo dia, borboletas vieram me desejar bom dia e depois vieram me receber em quantidade no momento em que cheguei no portão de casa. Um início de primavera, cheio de flores, voaram entre a árvore e o portão como se me convidassem a entrar. Entrei.

Girando...

Ih... Tanta coisa pra dizer e tão pouco tempo, são tantas as palavras e tanto eu ando procurando um jeito de me expressar. Vai entender? A vida é um troço muito louco, e no meio do redemoinho eu sempre me lembro das palavras de Jorge Bem...

E a gente no meio da rua do mundo,
No meio da chuva...

A girar... que maravilha!