7 de janeiro de 2010

Gente da gente.

Como é bom. Conhecer pessoas, e principalmente quando elas não se limitam a ser simplesmente isso, quando elas são gente. Gente da gente, que nem a gente. Aquele tipo de pessoa que irradia comunicação, expontaniedade. Que deixa naquele êxtase de estar em sua presença, a vontade pra sorrir só porque a outra pessoa está sendo legal, e ainda por cima, sem fingir nada. Naturalidade, alegria! Comecei a pensar nisso hoje, quando o técnico veio aqui em casa. Sim, o técnico do meu amado computador que pifou faz pouco mais de duas semanas (e enquanto isso eu vou usando o note da mãe que não é nem de longe o suficiente pra suprir minhas necessidades arquivolísticas), e retornou à casa hoje como um doente que terá que ser devidamente e merecidamente cuidado (afinal, não é pra qualquer um sobreviver com 3MB de memória. 3MB são duas músicas. gente, são duas músicas).

Eu juro que não sou apaixonada por ele, ele é simplesmente o tipo de pessoa que eu adoro estar junto. Dá uma felicidade. O assunto flui de computador, pra livros, festa, vida, ano novo, novos modelos de celular. É absolutamente incrível. Não tem como querer desgrudar. Sabe quando a gente conhece alguém - um dia- por acaso em um bar? (ou seilá o lugar que vocês frequentam?) Em um parque? E a gente não para de falar, e as vezes quando a gente pausa pra respirar a gente tenta se concentrar porque é tanta coisa pra dizer, e tanto conforto que a gente até se perde?

Tão bom, estar perto de GENTE. Sem essa de copo vazio, queijo sem goiabada. Eu adoro gente, e é por isso eu amo tanto a comunicação, o contato, a respiração. Pessoas são as únicas coisas que sempre tem como nos surpreender. Como nos completar, descompletar e acrescentar. É um jeitinho da gente mostrar pra gente mesmo o que a gente pode ser de melhor, se abrir pra conversar, parar de filtrar, parar de se envergonhar de pensar por conta própria. O tipo de pessoa que te deixa a vontade, e te dá vontade de ter toda aquela cota absurda de conhecimento que a gente vê em bibliotecas (eu adoro bibliotecas), e em pessoas especias. Aquilo tudo só pra ter alguns minutos a mais e aproveitar antes que a porta se feche e ele vá embora.

Tipo meu vô. Como eu gostaria de ter todo aquele crânio disponível pra minha egoistíssima observação, o intelecto dele é algo definitivamente invejável. Ele não é seilá, a pessoa mais fácil do mundo, como todo mundo que tá bem pertinho. Mas é um dos caras que eu mais admiro, adoro e não trocaria por nada deste mundo. Só de estar na presença dele, ele me deixa feliz, seilá, é uma luz interior, um rosto, uma bondade misturada com uma boa-vontade de viver acima de todos os problemas que me impressiona. Ele fez minha família (completamente maluca, de fato, mas minha e eu sou uma das criaturas mais orgulhosas disso da face da terra) do jeitinho que ela é, e o fez muito bem.

Tem pessoas (tipo vô) que não são tão falantes, e tem gente que simplesmente tu poderia conhecer a anos e a forma como conversa não poderia ser - em nada - diferente (tipo o técnico). Mas todas elas tem uma coisa que eu admiro de uma forma inatingível: Simpatia, simplicidade, expontaniedade, tudo a vontade. Aquele brilhozinho que faz a gente ver a alma brilhar como a harmonia de uma orquestra ou o céu, logo que o dia está clareando. Reconfortante saber que não estamos sozinhos nesse mundo e que ainda existe gente o suficiente 'gente' pra essa gente ser feliz com a gente.

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