30 de setembro de 2009
Aonde foi parar?
Tem dinheiro demais, trabalho demais, manipulação demais.
Gente fazendo menos, se importando menos, amando cada vez menos.
O amor sumiu.
Quando tu resolver aparecer, me avisa certo?
To com saudade de te ver nos olhos das pessoas e to cansada de te ver ausente em muitas dessas.
28 de setembro de 2009
beijos, Ana Carolina.
A mestiça é todo gás
Cada braço é uma viga do país
Abre o olho com ela meu rapaz
Ela é quase tudo que se diz...
Quando compra uma briga
Ela é demais
Vai no groove
E não deixa desandar
Ela é pop, ela é rap
Ela é blues e jazz
E no samba é primeira linha...
Vamo lá!
Laura, Ligia, Luma
Lucineide, Luciana
Quer seu nome escrito
Numa letra bem bacana...
-"-
Sei que não sou santa
Às vezes vou na cara dura
Às vezes ajo com candura
Pra te conquistar
(...)
Vim parar nessa cidade
Por força da circunstância
Sou assim desde criança
Me criei meio sem lar
Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É pra depois te... Han!
-"-
Hoje, uma alma doce.
22 de setembro de 2009
De: sapatilhas.
COMO MUDAR O MUNDO:
Comece por você. Eu comecei. Arrumar o quarto, ler livros, sorrir ao encarar o dia. Peguei minhas velhas sapatilhas e ensaiei ontem, aqueci, estiquei, brilhei mais do que qualquer outra coisa em um raio de km. Fazia tanto tempo que não em sentia assim, toda a minha plenitude. Minhas sapatilhas velhas são melhores do que as pantufas mais confortáveis do Zaffari, eu não trocaria por nada. Mas ontem eu mudei, tinha comprado um par de sapatilhas novas antes de ter que parar, para os ensaios extras para o concurso, as antigas não iam resistir. No fim, eu é que não resisti, e nunca mais tinha tido coragem pra tocar nelas. Mas são tão lindas! Estavam ainda com aquele cheirinho de novinhas. Ontem peguei elas, e deixem-me botar a modéstia de lado: Elas ficaram lindas nos meus pés. Quanto estico o pé para ficar na ponta é simétrico, é perfeito. Tinha esquecido o quanto eu sou bailarina sem fazer nenhum esforço, e o quanto se eu me esforço eu posso ser muito mais e muito melhor. O quanto ser bailarina faz parte de mim. Faz parte do que eu sou, e isso não tem nada a ver com ter ou não joelhos. Não desistir das coisas porque elas são difíceis, tentar com mais força do que antes, justamente por isso. O agora é inconstante! Nós somos inconstantes! A gente tem que ter visão, e ir além do que se vê. Vale cada gota de suor, cada noite investida como eu prefiro pensar. Eu falo também de sacrifício, porque me custa muito, mas contenta minha alma por inteiro, e isso é maior do que qualquer coisa; é como se tudo fosse melhor depois.
Eu tento todos os dias mudar meu mundo, com sorrisos, alegrias, sinceridades, lutas, leituras e pensamentos. Eu comecei com as sapatilhas. Cada um tem o seu jeito, pode ser só sorrir pro porteiro do prédio, e desejar bom dia. Pode ser ligando para uma amiga que não vê a muito tempo, pode ser fazer uma coisa que você nunca fez antes, pode ser fazer alguma coisa que você costumava fazer sempre, pode ser do jeito que você quiser. O importate é começar.
Sapatilhas siginificam muito pra mim, significam tudo pra mim. E é inusitado estar assim com algo especial, que vem desde que eu não consigo me recordar por exato. Quando eu era pequena quando brigava com a minha irmã mais nova, minha mãe dizia que se eu brigasse de novo com ela eu não iria dançar depois da aula ou que não ia me apresentar no fim do ano! Que maldade. Eu e ela sempre acabávamos brigando, e é claro que eu sempre me desesperava como se esse fosse o fim da minha humanidade, e chorava e fazia até conseguir ir. E normalmente conseguia. Só as vezes não, porque afinal ela é mãe por algum motivo. Acho que ela achava que eu ia entender alguma coisa assim (o que é uma pena, porque agora eu já tô meio grandinha e eu e a caca continuamos nos amando profundamente). Nem me lembro mais a quanto tempo isso é tudo que me faz feliz. O que me faz mais feliz, e não me faz feliz todos os dias, mas me alivia.
Tudo o que eu criei a minha volta a partir do momento que eu comecei a crescer, brilhou mais quando eu acordei hoje pela manhã: eles gritavam "você tinha esquecido, tinha esquecido, nós sempre estivemos aqui!". Meu quadro de bailarina que eu comprei no meu primeiro concurso, minhas coleções de sapatilhas rasgadas pintadas esfoladas penduradas depois de tanto ensaiar, minhas credenciais de cursos e concursos penduradas na parede, minha bailarina em arame pendurada no teto. Minha primeira gaveta da cômoda que guarda meias-calças, ponteiras de silicone, ponteiras de esponja sujas de sangue pela minha primeira apresentação no palco usando pontas com bolhas, blusas e malhas (e grampos perdidos). Eles sorriam pra mim, porque eu decidi sorrir pra eles, outra vez. Sei que esse post não foi o melhor que eu já escrevi, mas é a primeira vez que eu consigo falar disso em muito tempo! E eu tenho orgulho de dizer que eu tento, mesmo que seja no meu quarto sozinha antes de dormir. A batalha mais importante sempre é travada com nós mesmos.
Contentar a alma, é como harmonia de orquestra. E porque um amigo acaba de pedir ajuda em uma equação aproveito e faço uma analogia nos diabos: Se minha vida fosse uma equação seria cheia de variáveis e pouquíssimas contantes, daquelas que seu professor bota na última prova pra ferrar com todo mundo. Sapatilhas.
15 de setembro de 2009
Smile.
Admiro a forma que a humanidade porta durante os seus dias, a forma que eu mesma me porto em alguns momentos. Olhar de cara feia pro dia porque? Por acaso alguém a sua volta tem culpa? Relaxe, e tente usar as coisas a sua volta como distrações (todos falam mal delas, eu sei - mas distrações são ótimas). Talvez ao sorrir pro dia, o dia sorria pra você. Sempre uma esperança.
"Quando o dedo aponta para o céu, o idiota olha para o dedo!" O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
14 de setembro de 2009
The bitch, is back
Vocês acreditam no amor? O amor é uma troca de favores e gentilezas, um quê de olhar perdido que acaba logo. Amor é a desculpa que usamos pra deixar que a saudade tome conta dos nossos corpos, a consciência que a saudade foi morta e ainda assim arrancou um pedacinho de nós, e reviveu aquela vontade de mandar tudo pro alto e viver aquela coisinha que nós sentiamos. Coisinha tal que é, infíma, que faz nós seguirmos em frente todos os dias. Mesmo sabendo que isso tem sempre um quê de impossível. Aliás, amor é quando nós sabemos que é impossível. Isso torna o jogo bem mais divertido. Sair em outras noites, conhecer outros caras e mesmo assim não se dar por vencida, olhar de cima e dizer: Não, obrigada. Eu já tenho saudade de canalhas o suficiente para acrescentar mais um a minha lista. E sentir saudade mesmo assim, vê se pode? Isso é o amor.
Amor é quando a gente sente alguma coisa borbulhando, e um tempo depois, amor é quando a gente sente o chão faltando e alguma coisa caindo dentro de nós. Como se tivesse realmente alguma coisa pra cair, perder ou coisaqueovalha. Amor é perder a segurança e as certezas, é deixar de saber quem você é por conta de com QUEM você está. Sem botar a culpa em quem você está, se você está apaixonada por esse 'quem' a culpa é única e exclusivamente sua. Amor é deixar de conhecer a si próprio e passar a conhecer quem está ao seu lado. Amor é depois de um tempo conhecendo a pessoa ao lado, enjoar, odiar e mandar pastar. E se arrepender depois porque está sozinha/não encontrou coisa melhor etc. Ou porque sente falta das 'qualidades' que seu par emprestava a você, e de quanto ele fazia o seu ego subir, e logo sair dizendo que era "como ele fazia você sentir." E confundir isso com saudade. Isso é amor.
Amor pra mim, é quando eu não tenho vontade de dizer aquelas palavras básicas "Ela simplesmente não está afim de você." Pra mim amor é quando eu não tenho vontade de chegar e avisar antes: Não quero nada contigo, tá por tua conta, eu tô te avisando. Como se avisar adiantasse alguma coisa, normalmente quando se avisa esse jogo já está perdido. Ah, que perda - que lástima! Lamento, até como se eu pudesse fazer algo por nós meu bem. Talvez na próxima. Amor é procurar nos outros o que falta todos os dias em você, porque você sabe que é difícil demais achar por você mesma. Amor é isso, a falta de tudo dentro de nós, achando que alguém pode de alguma forma sanar as nossas - humanas e sãs - deficiências!
Amor é não achar no fim do copo a solução, porque o amor bóia e ainda acena pra você.
Amor é pra quem tempo e disposição para amar.
Amor é pra quem quer amar. Porque quem quer amar faz dar certo - pelo menos no início.
Amor é uma coisa repugnante que faz você chorar ao assistir filmes.
Amor é uma coisa que faz você se sentir ilusóriamente feliz quando acha que tem (mentira)
Amor? Amor é pra quem acredita nele!
Amor pra mim? Amor pra mim é uma coisa abstrata, eu ainda não conheço o amor. Eu não sei amar alguém, não sei esquecer que eu sei o que eu faço, e que sim não importa o quanto você diga o contrário eu tenho razão. Eu não sei olhar e dizer, nada é mais importante do que nós. Tem muita coisa que é tão - ou mais- importante do que nós que pra mim, chega até ser feio mentir assim. Amor pra mim não existe, pra mim amor é quase uma feira. Você tenta comprar o melhor, mesmo que pague mais caro. E no fim vai acabar estragando do mesmo jeito que os outros, só com a (des?)vantagem que esse pode durar mais. Mas no fim você vai acabar trocando mesmo, então não faz tanta diferença assim.
E eu?
Eu acredito.
Em mim.
Linda, charmosa, arrasadora, conquistadora. Mal-falada, admirada, reconhecida, aproveitada. Encantadora, alucinada, louca e requisitada. A melhor - e a pior! - parte de mim. The bitch, is back.
3 de setembro de 2009
A melodia do meu samba..
Você não entende nada
E eu não vou te fazer entender...
Me encara, de frente
É que você nunca quis ver
Não vai querer, nem vai ver
Meu lado, meu jeito
O que eu herdei de minha gente
Eu nunca posso perder
Me larga, não enche
Me deixa viver, me deixa viver
Me deixa viver, me deixa viver...
Cuidado, oxente!
Está no meu querer
Poder fazer você desabar
Do salto, nem tente
Manter as coisas como estão
Porque não dá, não vai dá...
Quadrada! Demente!
A melodia do meu samba
Põe você no lugar
Me larga, não enche
Me deixa cantar, me deixa cantar
Me deixa cantar, me deixa cantar...
Não enche! (Caetano)
1 de setembro de 2009
Elas podem nos ouvir!
Fiquei surpresíssima ao constatar o último fato, Elas podem nos ouvir! Quando mulheres que sabem o que fazer, sabem fazer, e tem a coragem para fazer chegam elas pelo menos tem noção disso. Afinal, nós somos muito úteis a humanidade não é mesmo? Como as vacas.
As pessoas chingam as vacas que são animais tão calminhos, e tão bons! Ficam comparando, usando termos perjorativos com animais que só fazem bem à gente, cedendo o leite que nós tomamos no café da manhã, leite tão rico em vitamina A e Cálcio, e também é aproveitado para fazer manteiga, queijo e seus derivados! Tudo bem que lá em uma certa altura do campeonato elas morrem, são mortas etc... Mas elas tiveram uma vida boa, e útil. E elas viveram de qualquer forma. Então eu imagino que quando tu chame alguém de vaca tu esteja elogiando essa pessoa. Mas vamos explicar isso pra alguém?!
E acho que as mulheres não são todas iguais mesmo..
Existem mulheres que resolvem não esperar acontecer, o sapatinho de cristal, e o príncipe encantado. Existem mulheres que sabem bem o que querem, e sabem o que fazer para conseguir. E ainda por cima (vacas!) tem a coragem pra fazer. Todos falam do conservadorismo, moral, decência. Mas eu nunca vi isso ser "útil" pra nada. Já as vacas...
E ah e o resto das mulheres que não se enquadram nos termos ditados acima, se perdem na vida e acabam entrando em comunidades "Nós ouvimos o sininho"!